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'Prova dentro do esperado', avalia professor após fim do CNU

A prova do CNU (Concurso Nacional Unificado) terminou neste domingo (18) sem grandes intercorrências e com cerca de 1 milhão de participantes, dos mais de 2,1 milhões de inscritos. Os temas abordados, de modo geral, estavam dentro do esperado, segundo avaliação de um professor e coordenador de um dos principais cursos preparatórios para concursos no Brasil.

O que aconteceu

Na primeira etapa da prova, candidatos reclamaram do tempo curto. "Um dos principais aspectos comentados pelos alunos é que o tempo de prova, de duas horas e meia, para 20 questões mais a discursiva, foi muito pesado", disse ao UOL Luiz Rezende, professor e coordenador do Qconcursos.

A segunda etapa teve um tempo mais equilibrado. Segundo o professor, com 50 questões no período da tarde, a administração de tempo foi melhor. "Sobre o bloco de nível intermediário, matemática, os alunos entenderam que pesou bastante, o restante estava dentro do esperado", afirmou.

Prova não deve ter problemas futuros. Rezende avalia que, em geral, "foi uma prova que não teve nenhuma questão, aparentemente, que seria passiva de recurso". No entanto, é preciso aguardar o gabarito oficial, que será divulgado na terça-feira (20).

Muitas questões vinculadas à questão da administração pública, humanística, direitos humanos, ética, evolução da administração, em linhas gerais, foi uma prova muito dentro do esperado.
Luiz Rezende, professor e coordenador do Qconcursos

Na primeira etapa, questões abordaram mudanças climáticas e estatutos da cidade. "Ou seja, reforçando o aspecto de temas vinculados a políticas públicas globais, macros, e não especificidades de cada segmento", disse Rezende, mais cedo, à reportagem. "Existia a expectativa de que as questões discursivas fossem muito técnicas para cada área de especialização, mas pelo jeito foram temas mais gerais sobre políticas públicas."

Abstenção superou 50%

Cerca de um milhão de brasileiros realizaram a prova do CNU. Trata-se do primeiro concurso do tipo organizado pelo governo federal e que tem o objetivo de unificar e aprimorar a seleção de servidores para 21 órgãos do governo federal. O CNU estava previsto para ser realizado em 5 de maio, mas foi adiado para 18 de agosto após as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul.

Para ministra, taxa de abstenção ficou dentro do esperado e foi até menor do que a de outros concursos. Apesar de indicar que menos da metade das pessoas realizaram a prova, a ministra da Gestão afirmou que o percentual de abstenção não ficou acima do que é registrado em outros concursos públicos com número alto de inscritos.

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DF registrou menor abstenção e Ceará a maior. Ministra citou as unidades da federação, mas não quis divulgar ainda os percentuais exatos. Além disso, ela afirmou que o maior percentual de abstenção foi registrado entre os candidatos do nível de ensino médio, que também eram as que tinha maior relação de candidatos por vaga.

Cerca de 500 pessoas foram desclassificadas por terem desrespeitado regras. Número inclui pessoas que levaram o caderno de prova e que adotaram outras medidas que estavam previstas no edital que levariam à desclassificação. Número representa 0,05% dos candidatos.

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