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Quer viajar mesmo com dólar caro? Veja opções para baratear suas férias

Fernanda Santos

Colaboração para o UOL, em Florianópolis (SC)

09/06/2018 04h00Atualizada em 30/03/2020 19h57

O aumento da cotação do dólar preocupa turistas brasileiros que pretendem viajar para o exterior ou pretendem fechar um pacote para os próximos meses.

Se não quiser mesmo adiar os planos, é possível tentar reduzir os gastos, planejando-se com boa antecedência. Veja mais abaixo dicas de especialistas para economizar em sua viagem para fora do país. São dicas básicas muitas vezes esquecidas pelas pessoas e que, juntas, ajudam a gastar menos dinheiro.

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Viagem no meio da semana barateia passagem

Gervásio Tanabe, diretor-executivo da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav Nacional), sugere buscar voos de ida e volta em dias do meio da semana, como terça, quarta e quinta-feira. Isso porque as passagens de avião costumam ser mais caras nos finais de semana, quando a maioria das pessoas pode ou prefere viajar.

Fugir dos períodos de alta temporada, como julho, é a sugestão de Michele Campos, da consultoria Mais Viagens, Por Favor!.

Não use só avião

Outra dica é pesquisar meios de transporte alternativos ao avião para se deslocar dentro do país de destino. As viagens rodoviárias, por exemplo, podem ser acolhedoras e divertidas, segundo Viviane Piorvarcsik, que é gerente de vendas da CVC. Transportes por trem, barco ou carro alugado também são boas ideias.

Também fique de olho nos aplicativos de passagens aéreas, para acompanhar as promoções e optar por voos que saem de São Paulo, pois costumam ser mais baratos, segundo a consultora em viagens Krystal Ambrosio Canever, da Coleção Souvenirs.

O turista que tem milhas também pode utilizá-las para comprar tanto passagens completas, como trechos da viagem. "Se você economizar na passagem, vai ser muito bom. Pois é um dinheiro que você guarda para gastar na viagem", disse Krystal.

Hospedagem bem localizada, mas sem luxo

Para Krystal, não vale a pena economizar demais na hospedagem e acabar ficando em locais muito distantes dos pontos turísticos e centros comerciais. "Continuo achando que a hospedagem deve ser bem localizada. Você paga mais, mas economiza muito com os meios de locomoção", afirmou.

A dica, então, é abrir mão do luxo. O turista pode optar por hotéis, hostels e pousadas mais simples, que não tenham vistas tão bonitas nem quartos muito grandes, mas ofereçam um mínimo de conforto em boa localização.

Especialmente para quem está viajando sozinho, dividir quartos em hostels ou alugar apenas um quarto pelo Airbnb pode deixar a viagem bem mais em conta.

Compre os passeios com antecedência

A recomendação de Tanabe é que o turista compre os passeios da viagem aqui no Brasil, com o máximo de antecedência possível. Isso porque ingressos de peças de teatro, jogos de futebol ou qualquer outro tipo de evento podem acabar saindo mais caro quando a data já está próxima.

"Comprando em cima da hora, você corre o risco ainda de não encontrar um lugar legal ou mesmo não encontrar ingresso", disse Tanabe.

Faça uma média de gastos diários

Uma dica para não exceder os gastos é dividir o orçamento pelos dias de viagem e chegar a uma média de gastos diários. "Com isso, o turista não vai extrapolar. Se ele gasta menos no almoço, pode gastar mais no jantar", afirmou Krystal.

Viviane sugere que o turista leve um cartão de débito pré-pago ou dinheiro vivo para despesas durante a viagem, pois é uma maneira de limitar os gastos. "Quem precisa de moeda estrangeira pode ir comprando aos poucos, observando a oscilação cambial", disse Fabricio Moura, do blog de viagens "Vou na Janela".

Usar o cartão de crédito lá fora pode não ser uma boa ideia, já que o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para esse tipo de transação é de 6,38%. Além disso, a cotação do dólar considerada pelo banco na hora de fechar a fatura varia bastante. Ainda mais com o preço da moeda americana oscilando como está.

Deixe as compras para depois

Os especialistas recomendam que o turista não viaje pensando em fazer compras, especialmente em cidades dos Estados Unidos, como Nova York e Miami -que são bastante associadas ao consumo. "Você pode ir a Miami, mas vá para passear. É melhor mudar o foco, agora que o dólar está alto", afirmou Krystal.

Parcele mais

Dividir o pacote de viagem, as passagens, hospedagem ou os passeios em parcelas que caibam no bolso é uma opção para quem não tem todo o dinheiro disponível de uma vez. Optando pelo pagamento por boleto bancário, o turista fica ainda com o limite do cartão de crédito livre para qualquer emergência durante a viagem.

Mude o destino

Para quem não faz questão, o destino da viagem pode ser mudado. A valorização da moeda americana está levando os turistas a considerar outros lugares que não os Estados Unidos. Os clientes de Michele, da consultoria Mais Viagens, Por Favor!, têm optado por países da América do Sul, como Argentina, Chile, Uruguai ou Colômbia, onde a moeda local é desvalorizada frente ao real.

"A ideia é fugir do dólar e do euro", afirmou Michele.

Krystal, da Coleção Souvenirs, disse que a África do Sul é outro destino interessante para quem quer economizar. "Foi um dos lugares que mais amei conhecer. E lá a moeda vale um quarto do nosso real. Você converte e se diverte", disse.

Segundo a agência de turismo CVC, Índia e México também são países interessantes para os brasileiros que pretendem driblar a alta do dólar, pois oferecem opções de hospedagem, alimentação e passeios mais em conta.

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