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Com agenda local esvaziada, exterior deve ditar rumo da Bolsa hoje

Felipe Bevilacqua

12/01/2022 10h45

Esta é a versão online para a edição desta quarta-feira (12/1) da newsletter Por Dentro da Bolsa. Para assinar esse e outros boletins e recebê-los diretamente no seu email, cadastre-se aqui.

A maioria dos mercados internacionais opera em alta nesta quarta-feira (12), repercutindo a fala do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, no Senado norte-americano, e de olho nos dados da inflação dos EUA em dezembro.

Na véspera, o mandatário do Fed reforçou o tom mais duro da ata da última reunião do Federal Open Market Committee (Fomc, o comitê de política monetária dos EUA), priorizando o combate à alta da inflação e classificando o momento atual como ideal para a retirada de estímulos, uma vez que o mercado de trabalho norte-americano está aquecido, e a economia dá sinais de que conseguirá caminhar com as próprias pernas.

Com a alta dos juros e o possível encerramento do programa de compra de títulos já precificados, os mercados globais acompanham a divulgação do resultado da variação da inflação nos Estados Unidos em dezembro do ano passado.

Na Europa, as Bolsas de Valores operam majoritariamente em alta, também repercutindo a fala de Powell e o anúncio do desenvolvimento da nova vacina da Pfizer, que promete ser eficaz contra a disseminação da variante ômicron do coronavírus e deve ficar pronta em maio deste ano.

Na Ásia, os mercados foram favorecidos pelo recuo da inflação chinesa, que impulsionou os principais índices de ações do continente, reforçando a perspectiva de que a China conseguirá sustentar a agenda de estímulos econômicos.

E por aqui, o que esperar?

Por aqui, a inflação acima do projetado para dezembro de 2021 ficou em segundo plano, já que o dado não deve interferir no rumo da política de juros brasileira, e a promessa de elevação da taxa Selic em 1,5 ponto percentual na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) deve ser mantida.

De olho na fala do presidente do Fed e, principalmente, na alta dos preços das commodities, o Ibovespa fechou em alta na terça-feira (11). Diante da agenda de indicadores esvaziada desta quarta-feira, a expectativa é de que o tom da Bolsa seja novamente ditado pelo exterior e pelas cotações do minério de ferro e do petróleo no mercado internacional.

No 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Economia Investimentos): informações sobre as paralisações no setor de mineração e a nova aquisição da empresa de games Take-Two Interactive.

Um abraço,

Felipe Bevilacqua

Analista de Investimentos de Levante
CNPI - Analista certificado pela Apimec
Gestor CGA - Gestor de Fundos certificado pela Anbima
Administrador de Recursos e Gestor autorizado pela CVM

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Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.