Olá, investidor. A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, e o vice primeiro-ministro da China, Liu He, se reuniram na segunda-feira (4) para discutir questões macroeconômicas, enquanto as nações negociam a remoção de tarifas e sanções comerciais impostas durante o governo de Donald Trump. A reaproximação das duas maiores economias do planeta, contudo, não se dá por uma questão de afinidade ou alinhamento entre Pequim e Washington, mas sim por um motivo muito mais pragmático: a inflação. Embora, na visão de Yellen, a China esteja envolvida em "uma série de práticas comerciais desleais", a secretária do Tesouro avalia que Trump possa ter ido longe demais em sua resposta aos chineses, e classifica que algumas tarifas impostas durante seu governo não têm "propósito estratégico". A China, por sua vez, tem argumentado que a redução e a suspensão de tarifas de importação de produtos chineses devem beneficiar os consumidores norte-americanos, que têm sofrido com a inflação mais elevada dos últimos 40 anos. Contudo, figuras como a representante comercial dos EUA, Katherine Tai, e o conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, defendem que as tarifas são uma ferramenta imprescindível para garantir que as empresas norte-americanas não fiquem em posição de desvantagem com relação às chinesas. Como quase tudo na economia, trata-se de um "trade off", ou seja, uma situação na qual existe um problema cuja solução pode acarretar outro problema, e cabe às autoridades responsáveis decidir qual é a prioridade no momento. Caso opte por remover as tarifas na tentativa de arrefecer a inflação, o governo dos EUA tende a fortalecer a China e enfraquecer alguns setores da economia norte-americana. Caso escolha manter as tarifas, a indústria dos EUA mantém certa vantagem no mercado doméstico, mas a inflação ganha um importante reforço. Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes UOL, que possuem acesso integral ao conteúdo de UOL Investimentos): informações sobre a aquisição da ZEG Biogás pela Vibra Energia. Um abraço, Rafael Bevilacqua Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante ********** NA NEWSLETTER A COMPANHIA A newsletter A Companhia analisa as ações da Minerva Foods, uma das líderes na América do Sul na produção e comercialização de carne in natura, processamento de carne bovina e exportação de gado vivo. Além disso, a Minerva exporta para mais de cem países, em cinco continentes. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, clique aqui. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para duvidasparceiro@uol.com.br. PUBLICIDADE | | |