Olá, O Brasil celebrou na quarta-feira (7) o bicentenário da Independência de Portugal, relembrando o momento no qual o jovem príncipe regente D. Pedro 1º rompeu definitivamente os laços que uniam a metrópole portuguesa ao recém-estabelecido Reino Unido do Brasil. Ao grito do Ipiranga, de 7 de setembro de 1822, sucederam-se longas disputas com a metrópole portuguesa, que somente reconheceu a independência do Brasil em 1825, obrigando o recém-nascido Império a contrair uma dívida de 2 milhões de libras esterlinas com a Inglaterra. Independência ou morte? Independência e dívida! O Brasil nasceu endividado, dividido e extremamente desigual —problemas que perduram até os dias de hoje. E, ao longo de nossa história agora bicentenária, o alto grau de endividamento e a instabilidade econômica foram problemas frequentes. Findado o primeiro reinado de D. Pedro 1º e o período regencial, o problema da dívida voltaria a se agravar com a eclosão da Guerra do Paraguai, que forçou o Império do Brasil a contrair novas dívidas para financiar os esforços de guerra. Após a Proclamação da República, em 1889, o Brasil seguiria se endividando com os mais diversos propósitos, sofrendo sucessivas crises econômicas que provocariam recessões e períodos de disparada da inflação. Nos últimos anos, especialmente após a crise de 2008, depois de um período de relativa estabilidade econômica iniciado com a criação do Plano Real, o endividamento público voltou a preocupar os brasileiros. Felizmente, a dívida tem dado sinais de recuo nos últimos meses, passado o momento mais crítico da pandemia, mas o quadro não deixa de ser preocupante. A dívida bruta do governo federal chegou a R$ 5,84 trilhões em junho deste ano, e pode voltar a crescer caso os gastos públicos continuem aumentando. Para fugirmos do ciclo vicioso de crises inflacionárias e voos de galinha da economia brasileira, é imprescindível controlar o endividamento público. Mas a classe política falará pouco a respeito disso com as eleições se aproximando. Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes UOL, que possuem acesso integral ao conteúdo de UOL Investimentos): informações sobre a nova tendência de expansão no setor de shopping centers. Um abraço, Rafael Bevilacqua Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante ********** NA NEWSLETTER A COMPANHIA A newsletter A Companhia desta semana analisa se vale a pena investir na Rede D'Or, líder em hospitais. As ações e o lucro da empresa, dona de hospitais como São Luiz e Copa D'Or, estão em queda, mas analistas veem oportunidades de crescimento. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, com análise detalhada de uma empresa por semana, clique aqui. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para duvidasparceiro@uol.com.br. PUBLICIDADE | | |