Positivo subiu 70% em um mês com urna e queda na inflação; vale investir?
A empresa que está fornecendo milhares de urnas eletrônicas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as eleições de 2 de outubro também é uma das ações que mais se valorizaram em agosto, com alta de 73,18%.
No final do ano passado, a Positivo Tecnologia (POSI3) fechou um contrato de R$ 1,18 bilhão com o TSE. A Positivo irá fornecer até 176 mil urnas eletrônicas ao TSE, que serão usadas nas eleições de 2024. Em 2020, a empresa já havia vencido outra licitação, para a produção de 180 mil urnas que serão usadas nas eleições deste ano. Isso, claro, ajuda no desempenho da companhia.
Mas o que fez mesmo o papel da Positivo subir em agosto, segundo Bruce Barbosa, sócio-fundador da Nord Research, foi a recuperação do varejo, graças à estabilização da taxa de juros, à menor inflação e à injeção de dinheiro na economia com o pagamento de benefícios para parte da população.
O que a Positivo vende? Cerca de 17% das vendas da Positivo no primeiro semestre do ano são de produtos para o consumidor final. Quando a inflação cai, é essa fatia que melhor responde, já que as pessoas voltam a consumidor.
Além disso, 56% das vendas da empresa são para o setor comercial, o que inclui serviços públicos e também a fabricação de terminais de pagamento e maquininhas, usadas por exemplo, pela Cielo (CIEl3) e Magazine Luíza (MGLU3).
O restante (27%) é classificado como projetos especiais - e a fabricação das urnas fica nessa área. Os terminais de votação, por exemplo, garantiram 21% da receita de R$ 1,921 milhões só no segundo trimestre desse ano.
O que está acontecendo com as ações? As ações da Positivo estão no azul desde o começo do ano. De janeiro até agora, o papel acumula 11,90% de valorização, cotado hoje (5) a R$ 11,75. A maior alta mensal foi em agosto, de 70%, principalmente por causa da queda da inflação e melhora no varejo.
Vale a pena comprar ações? Segundo a XP, a ação pode subir mais 36% em 12 meses, chegando a R$ 16. O BTG é um pouquinho menos otimista e aposta em R$ 15 (27,6% de alta).
E quais são os riscos? Para o BTG, o maior risco é a possível volta da inflação e uma alta dos juros. Essas empresas, em geral, também enfrentam riscos de regulamentação, concorrência e mudanças tecnológicas, afirma o banco. Além disso, a Positivo tem parte de sua divida em dólar, enquanto sua receita é em real. Por isso, a alta da moeda estrangeira também impacta diretamente nas suas finanças.
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