O Ibovespa inicia o dia em queda, em dia esvaziado de indicadores econômicos no Brasil e com os investidores monitorando o noticiário político e a formação da equipe econômica do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nomes de Haddad: O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que deve indicar até amanhã (16) os nomes para comandar as secretarias da Receita Federal e do Tesouro Nacional. Ontem, a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Rosa Weber, votou para tornar o "orçamento secreto" inconstitucional. A decisão não agradou muito aos deputados federais, que caminham para adiar mais uma vez a votação da PEC da Transição. Na agenda de indicadores, destaque para a divulgação do IGP-10 (Índice Geral de Preços - 10), que subiu 0,36% em dezembro, interrompendo uma sequência de quatro meses de queda, e para projeções atualizadas do Banco Central para a inflação e para o PIB (Produto Interno Bruto). Juros nos EUA: As bolsas globais iniciam o dia em queda, repercutindo a decisão Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos) de subir em 0,50 ponto percentual os juros no país. A alta veio em linha com o esperado, mas as falas mais duras do presidente do Fed, Jerome Powell, desanimaram os investidores. Segundo a autoridade monetária, os juros devem ser mantidos em patamar elevado por mais tempo, o que aumenta as chances de uma recessão nos EUA. Impacto sobre o dólar: Ontem, o dólar comercial fechou o dia em queda de 0,27%, a R$ 5,301. O natural seria uma valorização da moeda americana frente ao real, causada por um fluxo cambial de dólares do Brasil para os EUA. Importante acompanhar a cotação do dólar no pregão de hoje, porque o movimento pode ter sido somente postergado, e não evitado. Juros na Europa: Hoje é a vez de o BCE (Banco Central Europeu) e o BoE (Banco da Inglaterra, na sigla em inglês) decidirem o rumo dos juros. A expectativa é de que o BCE desacelere as altas, enquanto o BoE deve manter o ritmo das últimas reuniões. Indicadores na China: Na Ásia, os mercados fecharam em queda, repercutindo as falas de Powell e alguns indicadores econômicos que vieram aquém do esperado. A produção industrial na China cresceu 2,2% em novembro — uma forte desaceleração em comparação com o mês anterior, quando expandiu 5%. As vendas no varejo caíram 5,9%, bem acima do esperado pelo mercado. Esses dados acendem um alerta quanto à saúde da economia chinesa, que deve ter problemas para retomar os patamares de crescimento observados anteriormente. Commodities em alta: O minério de ferro fechou nem alta de mais de 3% na China. Empresas da B3: A Oi encerrou o processo de recuperação judicial após seis anos de dificuldades e polêmicas, com mais de R$ 65 bilhões em dívidas com 65 mil credores. Notícia boa para a empresa, mas os acionistas devem ficar atentos aos riscos que ela precisa enfrentar. Ainda existem algumas pontas a serem solucionadas, como o caso da manutenção da telefonia fixa e um rearranjo com alguns credores de uma dívida bruta remanescente de R$ 22 bilhões. A 3R Petroleum divulgou queda de 6,63% na produção média consolidada de barris de óleo equivalente em novembro frente a outubro. Em seus campos exclusivos, a redução foi de 7,65%. A Vale Base Metals, nova empresa da Vale responsável pela extração de cobre e níquel, está muito perto de conseguir a venda de 10% do negócio. Notícia relevante para a mineradora e que deve dar força a empresa hoje, junto com a alta do minério de ferro. Distribuição de dividendos e JCP: A Petrobras confirmou o pagamento da primeira parcela de dividendos do terceiro trimestre para 20 de dezembro. Já a segunda parcela está marcada para 19 de janeiro. Mesmo assim, a empresa ainda vive sob risco com a mudança na Lei das Estatais. Na véspera, os papéis da companhia desabaram quase 10%. A Cemig, companhia de energia de Minas Gerais, aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) no valor bruto de R$ 0,18 por ação. Detentores de ações em 21 de dezembro terão direito a receber. ********** Confira como foi o fechamento do dólar, do euro e da Bolsa na quarta (14) Dólar: -0,27%, R$ 5,301 Euro: +0,09%, R$ 5,658 B3 (Ibovespa): +0,2%, 103.745,77 pontos ********** NA NEWSLETTER A COMPANHIA A newsletter A Companhia analisa se é o momento de comprar ações da Weg, que subiram mais de 14% em 2022. Veja perspectivas para a empresa, o perfil de investidor para o qual ela é indicada e os valores recomendados. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, clique aqui. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. PUBLICIDADE | | |