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Diretor-executivo do banco Lloyds renuncia a bônus anual de US$ 3,6 mi

O diretor-executivo do Lloyds Banking Group, António Horta Osório, em frente à sede em Londres - Andrew Winning/Reuters
O diretor-executivo do Lloyds Banking Group, António Horta Osório, em frente à sede em Londres Imagem: Andrew Winning/Reuters

13/01/2012 11h38

LONDRES, 13 Jan 2012 (AFP) -O banco britânico Lloyds Banking Group (LBG), resgatado pelo governo após a crise de 2008, anunciou nesta sexta-feira (13) que seu diretor executivo, o português António Horta Osório, renunciou a seu bônus anual após ter ficado mais de dois meses afastado sob baixa médica por estafa.

"Creio que meu direito a bônus deve refletir os resultados do grupo, mas também as duras condições financeiras que muita gente está enfrentando", explicou Horta Osório, de 47 anos, em um comunicado divulgado pela entidade.

"Também reconheço que minha baixa teve um impacto dentro e fora do banco, inclusive para os acionistas", disse ele, que retomou o posto na segunda-feira passada.

Horta Osório poderia receber em março um bônus de US$ 3,6 milhões (cerca de R$ 6,4 milhões).

Apesar da rejeição do bônus, o pacote salarial anual de Horta Osório continua bastante elevado: cerca US$ 15 milhões (cerca de R$ 27 milhões), incluindo um salário anual de US$ 1,06 milhão e pagamentos em ações.

A licença de Horta Osório preocupou os mercados, em especial devido ao período complicado vivido pelo setor financeiro europeu.

O LBG, que tem cerca de 40% de participação do Estado, negocia no momento a venda de 600 de suas agências.

"Meu objetivo continua sendo fazer com que o banco volte a ter rentabilidade para que possamos apresentar uma recuperação duradoura e dar aos contribuintes a oportunidade de recuperar seu dinheiro", disse Horta Osório.