Oposição pressiona May a fazer união aduaneira com UE após Brexit
Coventry, Reino Unido, 26 Fev 2018 (AFP) - O líder da oposição britânica, o trabalhista Jeremy Corbyn, anunciou nesta segunda-feira que o seu partido quer uma união aduaneira com a União Europeia, uma postura de que reduz a margem de manobra do governo de Theresa May.
"Os trabalhistas buscariam negociar uma nova e ampla união aduaneira Reino Unido-UE para garantir que não haja aduanas com a Europa e evitar a necessidade de uma fronteira rígida na Irlanda do Norte", disse Corbyn em discurso em Coventry, na região central da Inglaterra.
Ao mesmo tempo, "está claro que a opção de uma nova união aduaneira com a UE requereria que o Reino Unido tenha voz nos futuros acordos comerciais".
May e os integrantes mais anti-UE de seu governo defendem deixar o mercado único europeu e a união aduaneira para poder negociar acordos comerciais com quem quiserem e limitar a chegada de imigrantes europeus após a saída da UE, prevista para março de 2019.
A posição de Corbyn, acusado até então de indefinição acerca do Brexit, poderia levar a uma aliança entre os deputados trabalhistas e o grupo de conservadores pró-europeus que permitiria que o Reino Unido mantenha alguns laços com a UE - o chamado "Brexit brando".
Quando questionado sobre a possibilidade de provocar a queda da primeira-ministra, Corbyn se limitou a responder: "Estamos decididos a ganhas as próximas eleições gerais, seja quando forem".
Antes, o Reino Unido deve votar nas eleições locais, em 3 de maio, em um pleito que deve render grandes perdas aos conservadores.
- Corbyn acusado de traição -Os trabalhistas, insistiu Corbyn, "buscarão um acordo final que dê pleno acesso aos mercados europeus e preserve os benefícios do mercado único e da união aduaneira".
"Somos um partido de internacionalistas", justificou o veterano líder trabalhista. "A prioridade do trabalhismo é conseguir o melhor acordo para o emprego e as condições de vida".
Está previso um discurso de May na sexta-feira especificando que tipo de relação, especialmente comercial, almeja ter com a UE após o Brexit.
O Partido Conservador respondeu a Corbyn, lhe acusando de ter traído a vontade dos eleitores expressa na vitória do Brexit no referendo de junho de 2016.
"Um Corbyn cambaleante trai seus eleitores da saída da UE, e tudo para ganhar uma votação na Câmara dos Comuns", escreveu no Twitter o ministro de Relações Exteriores, Boris Johnson.
"O plano de Corbyn faria do Reino Unido uma colônia da UE", condenou ele.
"Apenas os conservadores estão trabalhando para cumprir com o que o povo britânico votou, que é recuperar o controle de nossas leis, fronteiras e dinheiro", disse o ministro de Comércio Internacional, Liam Fox, em nota.
A proposta de Corbyn "nos deixaria sem possibilidades de assinar amplos acordos de livre-comércio e não respeita o resultado do referendo", insistiu Fox.
Corbyn negou que seja partidário de um segundo referendo sobre a questão, a grande esperança de quem quer reverter a decisão de abandonar a UE.
Contudo, o destacado trabalhista pró-europeu Andrew Adonis interpretou que a postura de Corbyn "aproxima o Partido Trabalhista um passo a mais na direção do referendo".
O Partido Trabalhista, acrescentou Adonis em nota, "mostrou hoje que já não está disposto a deixar Theresa May à vontade para destruir as relações estratégicas e econômicas do Reino Unido".
"Os trabalhistas buscariam negociar uma nova e ampla união aduaneira Reino Unido-UE para garantir que não haja aduanas com a Europa e evitar a necessidade de uma fronteira rígida na Irlanda do Norte", disse Corbyn em discurso em Coventry, na região central da Inglaterra.
Ao mesmo tempo, "está claro que a opção de uma nova união aduaneira com a UE requereria que o Reino Unido tenha voz nos futuros acordos comerciais".
May e os integrantes mais anti-UE de seu governo defendem deixar o mercado único europeu e a união aduaneira para poder negociar acordos comerciais com quem quiserem e limitar a chegada de imigrantes europeus após a saída da UE, prevista para março de 2019.
A posição de Corbyn, acusado até então de indefinição acerca do Brexit, poderia levar a uma aliança entre os deputados trabalhistas e o grupo de conservadores pró-europeus que permitiria que o Reino Unido mantenha alguns laços com a UE - o chamado "Brexit brando".
Quando questionado sobre a possibilidade de provocar a queda da primeira-ministra, Corbyn se limitou a responder: "Estamos decididos a ganhas as próximas eleições gerais, seja quando forem".
Antes, o Reino Unido deve votar nas eleições locais, em 3 de maio, em um pleito que deve render grandes perdas aos conservadores.
- Corbyn acusado de traição -Os trabalhistas, insistiu Corbyn, "buscarão um acordo final que dê pleno acesso aos mercados europeus e preserve os benefícios do mercado único e da união aduaneira".
"Somos um partido de internacionalistas", justificou o veterano líder trabalhista. "A prioridade do trabalhismo é conseguir o melhor acordo para o emprego e as condições de vida".
Está previso um discurso de May na sexta-feira especificando que tipo de relação, especialmente comercial, almeja ter com a UE após o Brexit.
O Partido Conservador respondeu a Corbyn, lhe acusando de ter traído a vontade dos eleitores expressa na vitória do Brexit no referendo de junho de 2016.
"Um Corbyn cambaleante trai seus eleitores da saída da UE, e tudo para ganhar uma votação na Câmara dos Comuns", escreveu no Twitter o ministro de Relações Exteriores, Boris Johnson.
"O plano de Corbyn faria do Reino Unido uma colônia da UE", condenou ele.
"Apenas os conservadores estão trabalhando para cumprir com o que o povo britânico votou, que é recuperar o controle de nossas leis, fronteiras e dinheiro", disse o ministro de Comércio Internacional, Liam Fox, em nota.
A proposta de Corbyn "nos deixaria sem possibilidades de assinar amplos acordos de livre-comércio e não respeita o resultado do referendo", insistiu Fox.
Corbyn negou que seja partidário de um segundo referendo sobre a questão, a grande esperança de quem quer reverter a decisão de abandonar a UE.
Contudo, o destacado trabalhista pró-europeu Andrew Adonis interpretou que a postura de Corbyn "aproxima o Partido Trabalhista um passo a mais na direção do referendo".
O Partido Trabalhista, acrescentou Adonis em nota, "mostrou hoje que já não está disposto a deixar Theresa May à vontade para destruir as relações estratégicas e econômicas do Reino Unido".