Petróleo fecha em queda e pressão aumenta sobre a Opep+
Os preços do petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira (27), em um mercado que duvida da capacidade da Opep e seus aliados na Opep+ de conter a queda dos preços.
Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em janeiro recuou 0,74% a 79,98 dólares.
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Enquanto isso, em Nova York, o West Texas Intermediate (WTI) para entrega no mesmo período recuou 0,90% a 74,86 dólares.
Os operadores estão de olho na reunião ministerial da Opep+, que foi adiada em quatro dias, de domingo para a quinta-feira, devido a divergências dentro do cartel.
"Há boas chances de que os sauditas estendam seus cortes de um milhão de barris diário" em 2024, estimou Robert Yawger, da Mizuho. "Mas é um déjà vu", pontuou.
Enquanto aos novos cortes, "não vejo a Opep fazendo frente comum e anunciando reduções" na produção adicionais entre todos os seus membros, advertiu o analista.
Para Susannah Streeter, da Hargreaves Lansdown, o mercado "suspeita que as divergências continuem" na Opep+.
"Se o grupo anuncia cortes adicionais de um milhão de barris por dia além da continuação das medidas sauditas, o risco é ver o Brent baixando de 80 dólares, chegando a 75 ou inclusive a 70 dólares", antecipam os analistas do Eurasia Group.
"O problema do mercado neste momento não é a oferta, é a demanda", argumentou Robert Yawger. "A economia mundial começa a sofrer com as altas taxas de juros. E em caso de desaceleração, a matéria-prima mais exposta é o petróleo", concluiu.
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