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Desigualdade mundial cresce com nova onda de bilionários: Oxfam

Shelly Hagan

22/01/2018 13h19

(Bloomberg) -- A economia global criou um número recorde de bilionários no ano passado, exacerbando a desigualdade em meio ao enfraquecimento dos direitos dos trabalhadores e a um impulso corporativo para maximizar o retorno dos acionistas, afirmou a organização de caridade Oxfam International em um novo relatório.

O mundo agora tem 2.043 bilionários, depois que um novo bilionário surgiu a cada dois dias nos últimos 12 meses, informou a organização sem fins lucrativos em um relatório publicado nesta segunda-feira. O grupo, majoritariamente composto por homens, viu sua riqueza aumentar em US$ 762 bilhões, uma quantidade de dinheiro suficiente para acabar com a pobreza extrema sete vezes, segundo a Oxfam.

De acordo com outros dados compilados pela Bloomberg, a riqueza líquida dos 500 bilionários mais ricos cresceu 24 por cento em 2017, para US$ 5,38 trilhões, e a pessoa mais rica do mundo, Jeff Bezos, da Amazon.com, registrou um ganho de US$ 33,7 bilhões.

"O boom de bilionários não é um sinal de uma economia próspera, é um sintoma de um sistema econômico falido", disse Winnie Byanyima, diretora executiva da Oxfam International. "As pessoas que fazem nossas roupas, montam nossos telefones e cultivam nossos alimentos estão sendo exploradas."

A Oxfam publicou o relatório enquanto líderes globais, CEOs e banqueiros chegam a Davos, na Suíça, para a reunião anual do Fórum Econômico Mundial. Após constatar que muitos membros da elite mundial dizem estar preocupados com a desigualdade de renda, a instituição de caridade afirmou que a maioria dos governos está "fracassando vergonhosamente" em melhorar a situação.

A Oxfam solicitou que os governos limitem os retornos de acionistas e executivos e que assegurem que os trabalhadores recebam um salário digno. A organização também recomendou eliminar as disparidades salariais entre os gêneros e elevar os impostos aos ricos, entre outras sugestões.

"As pessoas estão prontas para a mudança", disse Byanyima. "Elas querem um limite para o poder e para a riqueza que se concentra nas mãos de tão poucos."

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