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Fornecedores da Apple esperam demanda estável de novos iPhones

Debby Wu, Gao Yuan e Mark Gurman

25/07/2019 06h54

(Bloomberg) -- Os fornecedores da Apple estão se preparando para produzir componentes para até 75 milhões de novos iPhones no segundo semestre de 2019, aproximadamente o mesmo número de um ano antes, segundo pessoas com conhecimento do assunto.

Os volumes planejados para o próximo ciclo de lançamento do iPhone sinalizariam uma demanda estável para o produto mais importante da empresa, apesar das tensões comerciais entre Estados Unidos e China e de uma desaceleração no mercado global de smartphones. A gigante de tecnologia, com sede em Cupertino, na Califórnia, parou de divulgar os números de remessas do iPhone no trimestre da época do Natal do ano passado, quando o desempenho da unidade passou a ser negativo. A Apple começou a fornecer métricas para destacar o crescimento de serviços como o Apple Music. Analistas estimam que a Apple vendeu entre 70 milhões e 80 milhões de novos iPhones no segundo semestre do ano passado.

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Os fornecedores asiáticos da empresa se preparam para fabricar componentes para três novos modelos de iPhone para atender a demanda das vendas da época de Natal, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas citando estimativas internas. Os parceiros asiáticos da empresa dos EUA poderiam acelerar a produção para até 80 milhões de novos telefones se necessário, disse uma das pessoas. A Foxconn Technology, principal fornecedora do iPhone, aumentou as contratações em Shenzhen. A empresa está oferecendo um reajuste de 10% aos funcionários em relação há um ano para garantir força de trabalho no período de pico, disse outra pessoa a par do assunto.

A Apple tem anunciado novos iPhones todos os meses de setembro desde 2012, e os novos modelos normalmente são colocados à venda nas últimas semanas do mesmo mês. A empresa divulga o balanço do terceiro trimestre fiscal em 30 de julho, e as projeções da empresa podem indicar suas expectativas para as vendas do iPhone no final do quarto trimestre fiscal, que termina em setembro. A Apple ainda fornece números de receita do iPhone: a empresa obteve US$ 52 bilhões com as vendas do celular no último trimestre do Natal, uma queda de 15%, e US$ 37 bilhões com novos iPhones no último quarto trimestre, um aumento de 27%. Esses números, no entanto, incluem um mix dos novos modelos do ano passado e versões anteriores do iPhone.

Jeff Pu, da GF Securities, estima que as remessas de iPhones recém-lançados devem subir para 74 milhões no segundo semestre, um aumento de 7% em relação à estimativa de 69 milhões do ano passado. Já o analista da TF International, Ming-Chi Kuo, prevê que a Apple venderá entre 75 milhões e 80 milhões de novos iPhones no segundo semestre de 2018. Os volumes de 2019 podem sinalizar estabilização após um ano de incerteza, embora estejam muito longe do crescimento de dois dígitos de períodos anteriores.

É claro que o fato de os fornecedores da Apple estarem planejando produzir peças para 75 milhões de novos iPhones não significa necessariamente que a empresa venderá esse volume. A Apple vai avaliar as vendas após o lançamento, e as remessas totais podem não atingir essa marca. A empresa não quis comentar.

A Apple enfrenta uma demanda mais fraca no segmento de smartphones, já que os consumidores levam mais tempo para trocar seus aparelhos e rivais chinesas, como a Huawei Technologies, ganham mercado. A guerra comercial também afeta a economia chinesa, ao mesmo tempo que azeda consumidores do país em relação às marcas dos EUA. Analistas apostam em queda de 13,3% das remessas de iPhones, para cerca de 189 milhões de unidades no ano fiscal de 2019, segundo projeções médias compiladas pela Bloomberg.

Repórteres da matéria original: Debby Wu em Taipé, dwu278@bloomberg.net;Gao Yuan em Pequim, ygao199@bloomberg.net;Mark Gurman em San Francisco, mgurman1@bloomberg.net

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