Portugal Telecom explica aos acionistas a "não" venda da Vivo
Lisboa, 17 mai (EFE).- O presidente de Portugal Telecom (PT), Zeinal Bava, foi hoje aos Estados Unidos e ao Reino Unido para obter o apoio dos acionistas internacionais de sua empresa para a "não" venda de sua parte na brasileira Vivo a Telefónica.
Bava deve explicar a recusa do Conselho de Administração da empresa, no último dia 11 de maio, em aceitar a oferta de 5,7 bilhões de euros pela participação na companhia Vivo. A empresa é controlada pela Brasilcel (que detém 60% da Vivo). A Telefónica e a Portugal Telecom dividem o controle da Brasicel (cada uma tem 50%).
Os acionistas estrangeiros controlam mais da metade do capital de Portugal Telecom e entre os principais, além da própria Telefónica que tem 10% de participações, estão o fundo Brandes Investment Partners (7,89%), Barclays Bank (5,1%), a sociedade BlackRock (2,3%) e o Credit Suisse (2%).
As primeiras gestões de Bava serão com Brandes, em Nova York, e nesse e os outros contatos de sua viagem de duas semanas quer que os acionistas "percebam as vantagens da rejeição a Telefónica", segundo declarou aos de comunicação portugueses.
Segundo Bava, o objetivo "é consolidar o apoio para o investimento em Portugal e na PT, em particular diante do cenário do fundo de crise do euro e a oferta não solicitada da Telefónica".
Quando rejeitou a venda da Vivo, Bava argumentou que perder sua participação na empresa brasileira de móveis "significaria amputar" o futuro da Portugal Telecom e opinou que a companhia brasileira é "um ativo em crescimento que não pode ser só medido através de um critério meramente financeiro".
A Telefónica espera que o assunto seja discutido em uma assembleia de acionistas, mas até agora a posição oficial da PT é que a oferta, embora esteja em vigor, está formalmente rejeitada.
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