China nega acusações "difamatórias" dos EUA sobre ataques cibernéticos
Pequim, 21 dez (EFE).- A China negou nesta sexta-feira as acusações dos Estados Unidos de ter realizado ciberataques contra a propriedade intelectual e dados comerciais, classificadas como "indecente" e "infundadas" e pediu a Washington para retirá-las "o mais rápido possível".
"Pedimos aos EUA que corrijam imediatamente estas acusações difamatórias, onde violam de forma severa as normas básicas que regem as relações internacionais e que são seriamente prejudiciais para as relações bilaterais", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying.
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Além disso, a China apresentou uma queixa formal aos Estados Unidos por esta questão, segundo a nota, que acrescenta que o país asiático "tomará as medidas necessárias" para salvaguardar sua própria segurança cibernética.
Os promotores americanos acusaram ontem dois cidadãos chineses, identificados como Zhu Hu e Zhang Shilong, de "conspiração para cometer invasões informáticas contra dezenas de empresas nos EUA e no mundo", supostamente ligados ao Ministério de Segurança do Estado da China.
"Os EUA devem retirar as acusações contra estas duas pessoas o mais rápido possível", exigiu Hua.
Do Reino Unido, o Governo de Londres - ao lado de outros países aliados - acusou a "facções do governo chinês" de uma "ampla campanha de ciberataques" contra a propriedade intelectual e dados comerciais "sensíveis" na Europa, Ásia e Estados Unidos.
Segundo a China, as acusações do Reino Unido estão "fora do propósito" e têm "segundas intenções".
"Pedimos a esses países que respeitem os fatos e parem com esta difamação deliberada contra a China para não prejudicar a cooperação em áreas importantes", disse Hua.
O Ministério das Relações Exteriores britânico disse que tinha identificado como autor dos ataques digitais, um grupo conhecido como RPT 10, que trabalharia para o Ministério de Segurança de Estado da China. EFE