Inda revê projeção de vendas e projeta queda de 2% em 2017; crise afeta clientes
Dayanne Sousa
São Paulo
24/05/2017 12h55
Loureiro considerou que o mercado como um todo não está muito aquecido, mas avaliou que, além disso, os distribuidores têm perdido participação de mercado em segmentos em crescimento, caso do automotivo. Fabricantes de autopeças têm se abastecido diretamente na indústria automobilística.
Já no segundo semestre, os números do setor deverão ser favorecidos por uma base de comparação fraca do ano anterior.
Crise política
O executivo considerou que ainda é difícil estimar qual o impacto nas vendas da atual crise política, gerada pelas delações da JBS envolvendo o presidente Michel Temer. "O problema político cria um compasso de espera em relação ao que fazer", disse a respeito da reação de distribuidores e clientes.
Segundo Loureiro, clientes estão aguardando para entender se de fato poderá haver uma retomada da demanda. "Se antes sentíamos que estavam recompondo estoques diante da expectativa de retomada da economia, agora sentimos que está se colocando em compasso de espera tudo o que puder aguardar", afirmou.
Para o Inda, a evolução do setor pela frente vai depender de sinais vindos do horizonte macroeconômico e político. Loureiro avaliou que as empresas deverão ficar atentas às próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) para entender se haverá continuidade do corte da taxa de juros Selic e devem ainda observar o andamento da discussão de reformas no Congresso em meio à crise.