Indicador Antecedente Composto cai 0,3% em maio, dizem FGV e Conference Board
Thaís Barcellos
São Paulo
13/06/2017 11h32
A incerteza política é citada pelo pesquisador do Ibre/FGV Paulo Picchetti como a causa do recuo do indicador em maio, observado em quatro das oito séries componentes do IACE: o Índice de Expectativas do Setor de Serviços (-0,4%), o Índice de Termos de Troca (-3,8%), o Ibovespa (-4,1%) e Índice de quantum de exportações (-4,4%).
No mesmo período, o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), que mensura as condições econômicas atuais, caiu 0,4%, para 98,0 pontos. Mas as instituições afirmam que nas variações semestrais o índice permaneceu no terreno positivo pelo quarto mês consecutivo.
Assim, Picchetti analisa que o ICCE ainda aponta no sentido de uma retomada, ainda que lenta, do nível de atividade. "No entanto, o aumento da incerteza decorrente do quadro político resultou em um novo recuo do IACE, tornando menor a probabilidade desta retomada ser suficiente para reverter a atual fase do ciclo econômico no curto prazo", afirma Picchetti.
O Indicador Antecedente Composto da Economia agrega oito componentes econômicos que medem a atividade econômica no Brasil. Segundo as instituições, a agregação dos indicadores individuais em um índice composto filtra os chamados "ruídos", colaborando para que a tendência econômica efetiva seja encontrada.