Tratado de Itaipu sempre deu problemas, diz Bolsonaro
Anne Warth, enviada especial
Foz do Iguaçu
26/02/2019 14h46
Bolsonaro disse que trabalhou, como militar, na fronteira entre Brasil e Paraguai, assim como o novo diretor-geral de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, que serviu, por dois anos, como representante militar no Paraguai. Ele aproveitou para elogiar o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benitez, por "sua formação de direita, homem cristão, conservador, que quer o bem do seu País".
Sobre o fato de o ex-ministro da Secretaria de Governo Carlos Marun ter sido nomeado para o Conselho de Itaipu, em um dos últimos atos do governo do ex-presidente Michel Temer, Bolsonaro pareceu não ter conhecimento da decisão. Ele respondeu: "O Marun foi... tá mantido? Tá mantido no Conselho. Foi indicação do presidente Temer e o nosso compromisso é daqui para frente", disse.
Bolsonaro disse que a reunião bilateral que teve com o presidente do Paraguai pouco antes da cerimônia de posse de Itaipu foi um "aquecimento" para a reunião que será realizada em Brasília em março. "O que está mais latente no momento é a questão das pontes. Vamos dar mais um passo na questão da tarifa, não há dúvida", disse. Bolsonaro voltou a agradecer o Paraguai pelo envio de criminosos brasileiros que estavam no país e disse que Marito "inspira confiança".
"Teremos no próximo mês reunião com presidente para tratar de dois assuntos: concretização das duas pontes, aprofundamento do acordo que temos no combate ao crime organizado e lavagem de dinheiro, entre outros. Esse simbolismo é de extrema importância", disse.