Bolsonaro diz que leilão de transmissão de Temer resultou de ações do seu governo
Julia Lindner e Anne Warth
Brasília
25/03/2019 18h11
Na disputa realizada no ano passado, 16 lotes foram leiloados, com deságio médio de 46%. O leilão vai viabilizar R$ 13,2 bilhões e 28 mil empregos diretos, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Foram licitadas 55 linhas de transmissão, com 7.152 km de extensão e 25 subestações em 13 Estados.
"Todos os 16 lotes tiveram propostas, ao contrário do que ocorreu em leilões anteriores. O sucesso desse leilão é resultado direto das ações sinalizadas pelo nosso governo, buscando maior liberdade econômica e alcançando o capital privado para atuar no mercado de infraestrutura", disse Bolsonaro na cerimônia. A Aneel abriu audiência pública para discutir os detalhes do leilão no dia 4 de setembro. O edital foi aprovado no dia 13 de novembro.
Nesta segunda-feira, 25, o presidente afirmou que a sua gestão tem um viés "pró-mercado" e busca trazer iniciativas do setor privado. Em meio as divergências com o Congresso, também defendeu brevemente a reforma da Previdência como forma de "facilitar o equilíbrio das contas públicas". "É o Brasil voltando a crescer. Ainda temos muito a avançar. Vamos em frente, Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", concluiu com o slogan da campanha.
Críticas
Bolsonaro aproveitou, em sua fala, para criticar o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, sem citá-la diretamente. Ele mencionou a redução na tarifa de energia elétrica, em 2012, que acabou acarretando perdas para o setor nos anos seguintes. Além disso, a medida, associada a uma crise hídrica, levou a um reajuste de 50% nas tarifas em 2015.
"No meu governo sempre procuramos manter viés pró-mercado e trazer investimentos do setor privado na economia", emendou Bolsonaro. No início do discurso, ele também destacou que é preciso ter "responsabilidade, progresso e confiança acima de tudo".