Petróleo fecha em alta, em meio à baixa liquidez e com tensões comerciais no foco
Iander Porcella
São Paulo
28/11/2019 17h11
O contrato WTI para janeiro operava a US$ 58,24 o barril, no pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), às 17h05 (de Brasília), uma alta de 0,22% em relação ao fechamento de ontem. Já o Brent para fevereiro avançou 0,41%, a US$ 63,27 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Pela manhã, o governo chinês ameaçou retaliar os EUA, após o presidente americano, Donald Trump, ter sancionado ontem uma lei em apoio aos manifestantes pró-democracia em Hong Kong, que protestam no território semiautônomo desde março.
O vice-chanceler da China Le Yucheng chamou a legislação de "séria interferência em assuntos internos da China e violação do direito internacional". Já o jornal Global Times relatou que os chineses consideram barrar a entrada de formuladores de lei dos EUA em Hong Kong, Macau e na China continental.
A lei assinada ontem por Trump, que havia sido previamente aprovada pelo Congresso americano, prevê sanções a pessoas acusadas de violar direitos humanos nas manifestações em Hong Kong e uma fiscalização anual das garantias de liberdade no território semiautônomo.
Os analistas Warren Patterson e Wenyu Yao, do ING, analisam que em 2019 os principais impactos para o preço do petróleo vieram da guerra comercial sino-americana e da desaceleração do crescimento global. "Ainda que seja esperado um crescimento da demanda em 2020, isso vai depender de quão rápido a China e os EUA cheguem a uma resolução da guerra comercial em andamento", acrescentam os especialistas, em relatório divulgado hoje.