'Preço de móveis subiu muito de março para cá'
Marcia de Chiara
São Paulo
04/11/2020 12h00
A situação ficou impraticável, porque o espaço era pequeno demais, conta. A saída encontrada pelo consultor foi cancelar o plano de abrir um escritório em São Paulo e comprar um apartamento maior, com o dobro da metragem, no mesmo prédio onde alugava o estúdio. Ele reformou o apartamento e fez um home office para atender os clientes de casa.
"Equipei o apartamento inteiro, fiz toda a parte de marcenaria, comprei eletrodomésticos, móveis, ar-condicionado", conta o consultor, que desembolsou cerca de R$ 120 mil - a previsão inicial era gastar R$ 70 mil. Uma parte do estouro no orçamento ocorreu por causa do aumento de preços dos produtos. A outra parte foi porque o consultor decidiu renovar a mobília trazida do Sul.
Antes de ir às compras, ele acompanhou de perto a evolução dos preços dos móveis e eletrodomésticos em sites de buscas. "Percebi de março para cá uma curva ascendente abissal muito forte nos preços." Além dos aumentos, ele reclama da disponibilidade de produtos. O sofá, por exemplo, Schvartz está esperando para ser entregue faz quatro meses e o prazo inicial era de 45 dias.
"A demanda por móveis está tão grande que, em muitos casos, não consigo que o produto seja entregue este ano", conta a design de interiores Fernanda Moreira, responsável pela reforma. Segundo ela, nos últimos meses, aumentou muito a procura por projetos de home office. "Em quatro meses comprei mais móveis prontos para meus clientes do que no ano passado inteiro."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.