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Autonomia do BC demonstra compromisso com estabilidade de preços, diz Guedes

Guedes disse que a criação do auxílio emergencial elevou o poder aquisitivo, tendo assim impacto localizado na inflação de alimentos Imagem: Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo

Eduardo Laguna e Idiana Tomazelli

São Paulo

19/03/2021 15h15Atualizada em 19/03/2021 15h49

Na semana em que a taxa básica de juros teve o primeiro aumento em seis anos, chegando a 2,75%, o ministro da Economia, Paulo Guedes, atribuiu o movimento à independência conferida ao Banco Central (BC) para impedir que o aumento de preços, considerado por ele como temporário e setorial, torne-se generalizado e permanente.

Ao conceder entrevista aos jornais espanhóis El Mundo e Expansión, Guedes disse que a criação do auxílio emergencial elevou o poder aquisitivo, tendo assim impacto localizado na inflação de alimentos e materiais de construção.

"Este é um aumento de preços setorial e transitório", comentou o ministro, que acredita num alívio da pressão "excepcional" sobre a inflação a partir da redução dos pagamentos do auxílio emergencial. "Por isso, foi importante a independência do Banco Central, para impedir que se torne um aumento generalizado e permanente dos preços", disse Guedes, que, durante a entrevista, assegurou a retirada dos estímulos à medida que a economia se recuperar.

E acrescentou: "A independência do Banco Central foi importante para demonstrar nosso compromisso com a estabilidade de preços. O imposto inflacionário é o pior dos impostos porque pesa sobre a população mais vulnerável."

O ministro aproveitou ainda o tema para fazer um afago ao presidente da República, Jair Bolsonaro. Segundo ele, o chefe do Executivo, diferentemente dos seus antecessores, abriu mão de usar o BC em benefício da reeleição. "Nosso presidente renunciou a isso e permitiu despolitização da moeda", disse Guedes.

O ministro também afirmou aos jornalistas espanhóis que o Brasil oferece um momento de investimento "excelente" com o dólar na casa dos R$ 5,00, uma cotação, avaliou, que se deve ao choque da pandemia no campo fiscal, somado a riscos políticos.

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