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Abecs mantém projeção de crescimento de 19% do setor de cartões em 2021

A Abecs manteve a projeção de crescimento de 19% para o setor de cartões neste ano - bernie_photo/Getty Images/iStockphoto
A Abecs manteve a projeção de crescimento de 19% para o setor de cartões neste ano Imagem: bernie_photo/Getty Images/iStockphoto

Aline Bronzati

De Estadão Conteúdo, em São Paulo

11/05/2021 13h20Atualizada em 11/05/2021 13h54

A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) manteve a projeção de crescimento de 19% para o setor de cartões neste ano.

"Estávamos preocupados com a segunda onda, com o primeiro trimestre. Como viram, tivemos um crescimento robusto de 17,3% no primeiro trimestre, o que noz faz crer que é possível atingir o guidance, de alta de 18% a 20", disse o presidente da entidade, Pedro Coutinho, em teleconferência com a imprensa, na manhã desta terça-feira.

Segundo ele, a perspectiva para os próximos trimestres é de recuperação contínua do setor. "Se a vacinação seguir no ritmo que se comenta, o terceiro trimestre será melhor que o segundo e o quarto muito bom", afirmou. "O terceiro e quarto trimestres são muito importantes para a retomada da economia", acrescentou.

É difícil afirmar, conforme ele, se uma terceira onda tende a impactar o Brasil e, consequentemente, o setor de pagamentos. Na visão de Coutinho, o avanço da vacinação continua sendo um desafio para a retomada econômica do Brasil, além das questões políticas e as reformas estruturais.

O desempenho do setor de pagamentos em outros países como Inglaterra e os Estados Unidos também é visto com otimismo no Brasil, conforme Coutinho. "Lá, eles estão preocupados até mesmo com inflação. Podemos ter uma recuperação da indústria (de pagamentos) importante", avaliou o presidente da Abecs.

Ele afirmou ainda que a nova rodada do auxílio emergencial, mesmo com um valor menor, deve dar novo fôlego à atividade somado ao processo de abertura da economia nas últimas semanas. Para o setor de serviços, ele projetou maior tração, com chances de ser o motor do crescimento nos próximos meses.

Além disso, o setor de meios de pagamentos tem se beneficiado, conforme Coutinho, de uma economia mais digitalizada. Quanto à inadimplência, evidenciou seu menor patamar histórico, o que favorece a expansão mais rápida do crédito.