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Brasil envia a parceiros do Mercosul proposta a acordo com UE

Presidente Lula (PT) em cúpula do Mercosul Imagem: Divulgação/Ricardo Stuckert

Brasília

15/07/2023 08h51Atualizada em 15/07/2023 09h43

O governo brasileiro remeteu nesta sexta-feira, 14, aos demais sócios do Mercosul - Argentina, Paraguai e Uruguai - uma contraproposta ao acordo comercial negociado pelo bloco com a União Europeia.

O conteúdo havia sido finalizado após intensas discussões e divergências de visões entre ministérios, como antecipou o Estadão, e o Itamaraty aguardava a autorização da Presidência da República para enviar a minuta aos demais países do Mercosul.

A íntegra do documento não foi divulgada, mas a proposta consiste num novo texto, para reagir às exigências ambientais apresentadas em março pela UE, além de incluir pedidos de mudança no capítulo de compras governamentais.

O presidente Lula quer resguardar o acesso a licitações federais. A expectativa do Itamaraty é de que a União Europeia receba a contraproposta em algumas semanas.

O documento é dividido em duas partes. A primeira repete a ideia de que Mercosul e UE adotem uma declaração conjunta que reconheça a importância da questão ambiental, mas, nas palavras de um negociador a par do assunto, trate o tema "de forma construtiva, não punitiva".

No segundo trecho, o governo Lula propôs a revisão da oferta brasileira de compras governamentais. O governo brasileiro argumenta que, desde o pré-acordo em nível técnico, celebrado no governo de Jair Bolsonaro, o cenário mundial se alterou e houve necessidade de se refletir agora não apenas sobre o agravamento da situação climática, como pretendiam os europeus, quando apresentaram a proposta de um documento adicional, em 2020.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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