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'O que mais queremos fazer é uma queda de juros estruturada', afirma Campos Neto

Reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, com os dois novos diretores indicados pelo Governo Lula: o economista Gabriel Galípolo e o servidor do BC Ailton Aquino Imagem: 2.ago.2023 - Raphael Ribeiro/BCB

Em Brasília

10/08/2023 14h42Atualizada em 10/08/2023 15h32

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu nesta quinta-feira, 10, que a autoridade monetária pode chegar à "menor taxa de juros possível". "O que mais queremos fazer é uma queda de juros estruturada. Mas é preciso fazer isso com credibilidade. Às vezes os critérios técnicos se distanciam dos anseios (políticos)", afirmou, em arguição pública no plenário do Senado.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por iniciar o ciclo de afrouxamento monetário com uma queda de 0,50 ponto porcentual dos juros básicos, para 13,25% ao ano, o que surpreendeu uma parte do mercado, que apostava majoritariamente em uma queda mais "parcimoniosa", de 0,25 ponto.

O colegiado sinalizou ainda a manutenção do ritmo de cortes nas próximas reuniões.

China

O presidente do Banco Central disse ainda que o BC monitora a dinâmica inflacionária na China, que registrou em julho a primeira deflação desde 2021.

"A deflação na China gerou grande preocupação no mundo. Se for um processo contínuo vai assustar muito, em termos de países que negociam com a China", afirmou Campos Neto.

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