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Haddad: Governo que paga calote, como precatórios, não pode ser responsável por alta da dívida

28.12.23 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante coletiva de imprensa no Ministério Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Brasília

30/01/2024 20h06Atualizada em 30/01/2024 20h51

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou nesta terça-feira, 30, que o resultado da dívida de 2023, divulgado nesta terça-feira pelo Tesouro, é consequência do déficit primário e dos juros. Ele também falou sobre os precatórios pagos extraordinariamente em 2023, da ordem de quase R$ 95 bilhões, e que gerou um impacto de quase 1 ponto porcentual no resultado primário - e acrescentou que o governo não pode ser responsabilizado por quitar um calote.

"Foi a primeira vez na história que o governo deu um calote. A dívida já existia, os precatórios já existiam e eles não foram pagos na forma da Constituição. O Supremo Tribunal Federal julgou ilegal a prorrogação para 2027. O governo concordou com o julgamento e pagou um calote. Um governo que paga calote não pode ser responsabilizado nem pelo calote, nem pelo aumento da dívida consequente do pagamento", afirmou.

Ele voltou a afirmar que o governo está botando ordem e dando transparência a problemas herdados em 2022. As declarações foram dadas após o ministro retornar de agenda no Palácio do Planalto, em que foi discutida a criação de uma secretaria para organização da COP-30, que será sediada em Belém, no Pará, no próximo ano.

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