IPCA
0,46 Jul.2024
Topo

Vai investir em ações? Saiba como escolher a corretora da maneira certa

21/07/2011 18h10

SÃO PAULO – A escolha da corretora de valores é um dos principais pontos que o investidor deve se atentar antes de começar a investir em ações. Por isso, para que seus investimentos em renda variável não se tornem um problema, os especialistas recomendam alguns cuidados.

De acordo com o gerente-geral do INI (Instituto Nacional de Investidores), Paulo Portinho, o primeiro ponto que o investidor deve verificar é se aquela corretora está autorizada pela BM&FBovespa a funcionar. “Isso você pode pesquisar pelo próprio site da Bolsa”, afirma Portinho.

A partir daí, ele ressalta que é importante identificar se a corretora atende às suas necessidades, principalmente em relação aos serviços e ao perfil de investidor que ela costuma atender.

“Geralmente, o investidor iniciante não tem necessidades tão sofisticadas”, diz. “Se este for o seu caso, você pode optar por corretoras com serviços mais simples e que cobrem taxas mais acessíveis, por exemplo”, completa.

O professor da BM&FBovespa, José Alberto Netto Filho, concorda e afirma que o preço mais baixo não quer dizer necessariamente que os serviços da corretora não sejam bons.

“Existem corretoras que disponibilizam muito mais serviços e produtos do que outras - chats, análises gráficas, e várias outras ferramentas”, diz. “Para isso, elas geralmente cobram um preço maior”, completa.

Presença física

Segundo o professor, a presença física da corretora na mesma cidade do cliente não é um requisito obrigatório. “O investidor pode morar em uma cidade do interior, ou longe dos grandes centros. A presença física da corretora não é obrigatória, desde que o cliente tenha fácil acesso pela internet e outros canais de atendimento”, afirma Filho Netto.

O gerente-geral do INI concorda. “A maioria dos investidores iniciantes, principalmente aqueles com aportes menores, utilizam ferramentas virtuais para realizar suas operações com ações”, diz.

Ele lembra que, na hora do cadastro, o trânsito de documentos pode ficar um pouco mais complexo, pela necessidade de uso dos Correios. Mas, depois disso, raramente é necessário ir até o escritório da corretora.

“Todo o processo costuma ocorrer em frente a um computador, via Home Broker, Skype, MSN e outros instrumentos de comunicação de custo baixíssimo para falar com a corretora, com os agentes autônomos, com outros investidores e com analistas”, afirma Portinho.

Clubes de investimento

O gerente do INI ressalta que, se a sua intenção for montar um clube de investimento, a escolha da corretora pode ser muito mais complicada. Isto porque a maioria das corretoras exigem um valor alto para operar com os clubes.

Se você quiser montar um clube, sua vida dificulta muito. São pouquíssimas as corretoras que aceitam valores pequenos para montar um clube – e quando digo pequeno, falo de algo em torno de R$ 30 mil”, afirma Portinho.

Trocar de corretora

Em caso de insatisfação com a corretora, o professor da BM&FBovespa lembra que o investidor pode procurar uma outra instituição que se adeque melhor às suas necessidades. “Se o investidor estiver insatisfeito, é só mudar de corretora, é bastante simples”, diz.

Atualmente, para mudar de corretora é necessário fazer um novo cadastro na outra instituição. Mas o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, já sinalizou que isto deverá mudar em breve, com a criação de um cadastro único entre as corretoras. Assim, o investidor poderá mudar sem a necessidade de preenchimento de uma nova ficha.

Site da Bolsa

O professor da BM&FBovespa ressalta que o site “Quer Ser Sócio”, da própria Bolsa paulista, disponibiliza uma página para que o investidor possa selecionar a corretora de maneira mais detalhada e com mais chances de acertar na escolha.

“Você tem a chance de conhecer melhor a corretora, antes de tomar a decisão de operar com ela”, afirma Netto Filho.