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Saiba avaliar a compatibilidade financeira do casal para evitar "crises"

23/08/2011 14h15

SÃO PAULO – O relacionamento vai bem e vocês decidem dar o próximo passo. Nessas horas, além de se preocupar com o local da moradia e com os preparativos da festa de casamento, também é preciso observar se vocês também são compatíveis financeiramente.

De acordo com a educadora e terapeuta financeira Paula Schurt, saber se o parceiro ou parceira tem comportamento parecido, ou ainda se a pessoa é capaz de lidar com a relação que o outro tem com o dinheiro, é extremamente importante para o sucesso de uma relação.

Isso porque, explica, os problemas financeiros estão entre os principais motivos que levam um casal à separação.

“É importante que a pessoa observe o comportamento financeiro do outro para não ter problemas futuramente (…) Se as pessoas têm comportamentos semelhantes, elas conseguem atingir sonhos e objetivos mais facilmente”, diz Paula.

Perfis e situações

Segundo Paula, as pessoas podem lidar com o dinheiro de diversas maneiras, sendo que o comportamento em situações corriqueiras é que dará pistas do perfil financeiro de cada um.

Aquele que toda a semana chega em casa com a última novidade, ou que sempre encontra uma promoção irresistível, por exemplo, muito provavelmente tem dificuldade de poupar, consome demais e gasta dinheiro com coisas irrelevantes.

Já aquele que sempre dá desculpas para não sair de casa e prefere fazer programas que não envolvam gastos, terá dificuldades para aceitar despesas não planejadas, ainda que não prejudiquem as finanças do casal, podendo se revelar um poupador ao extremo.

Equilíbrio

A educadora relacionou ainda dois outros perfis, que costumam ser difíceis de lidar: os que trocam afeto por dinheiro e os que relacionam dinheiro com poder.

No primeiro caso, diz, o comportamento de sempre presentear e de sempre esperar presentes como forma de prova de amor pode ser indício de que se trata de alguém que aprendeu que dinheiro compra afeto.

O segundo, por sua vez, pode ser identificado, entre outras coisas, quando a pessoa acredita que, pelo fato de prover a família, todos devem viver da forma como ela acredita ser o mais adequado; um exemplo seriam alguns casos de maridos que, por ganharem mais, não aceitam que as mulheres trabalhem fora.

“Para um casal se dar bem é necessário ter equilíbrio, transparência e companheirismo, inclusive, financeiramente”, finaliza Paula.