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De olho no futuro: como se planejar para uma vida mais longa?

01/12/2011 13h47

SÃO PAULO - Em 2010, a esperança de vida ao nascer no Brasil alcançou os 73,48 anos. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que divulgou nesta quinta-feira (1) a Tábua Completa de Mortalidade, em relação a 2009 houve alta de 0,31 anos (3 meses e 22 dias) e, entre 2000 e 2010, alta de 3,03 anos (3 anos e 10 dias).

Quando separados por sexo, de acordo com o Instituto, essa mesma estimativa entre os homens cai para 69,73 anos, enquanto que para as mulheres sobe para 77,32 anos.

Diante deste cenário, como se preparar financeiramente para uma vida mais longa?

Planejar e investir

Para garantir uma aposentadoria tranquila, é necessário planejá-la desde cedo. Quanto antes você começar a guardar com esse objetivo, menor será o esforço de poupança mensal.

Por exemplo: se você tem 18 anos e dispõe de R$ 100 por mês para poupar, com 60 anos terá guardado cerca de R$ 460 mil, considerando um investimento conservador, com rentabilidade de 0,7% ao mês.

Por outro lado, se você tem 40 anos e só agora resolveu pensar na aposentadoria, considerando o mesmo exemplo anterior, conseguirá poupar, apenas, pouco mais de R$ 60 mil, ou, para alcançar os R$ 460 mil, terá que dispor de mais de R$ 750 por mês.

Previdência social x privada

Investir em previdência privada pode ser uma alternativa para não depender da previdência social.

De acordo com os últimos dados da Fenaprevi (Federação Nacional da Previdência Privada e Vida), o mercado de previdência privada obteve, até agosto deste ano, R$ 33 bilhões em arrecadação, montante 21,90% maior do que o registrado no mesmo período de 2010, marcando a maior alta dos últimos três anos.

Por esses números, é possível concluir que a população em geral está preocupada com o futuro. Segundo o IBGE, a tendência é que a expectativa ao nascer aumente gradativamente, ano a ano, o que faz com que os pais, hoje, além de garantirem o próprio sustento, tenham de se preocupar também com o futuro financeiro dos filhos.

Essa geração, se mantida a tendência, sofrerá ainda mais com o deficit previdenciário que, até outubro, conforme dados do Regime Geral da Previdência Social, ultrapassa os R$ 36,7 bilhões.