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Setor imobiliário espera alta de preços em São Paulo ao longo de 2012

08/05/2012 11h40

SÃO PAULO - Os consumidores podem esperar aumento nos preços dos imóveis na cidade de São Paulo ao longo desse ano, reflexo, entre outros motivos, do cenário positivo da economia brasileira.

A redução dos juros nas linhas de crédito imobiliário anunciada pela CEF (Caixa Econômica Federal) e o novo sistema de remuneração da poupança, que estimulará a queda na taxa básica de juros, também podem influenciar no aumento dos preços, mas o reflexo de tais medidas não é esperado para o curto prazo.

Para o presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), Claudio Bernades, os preços deverão crescer, em média, 4,5% este ano, embora deverá haver grande variação entre os diversos segmentos residenciais.

“O mercado de imóveis é muito heterogêneo, estamos falando em uma média”, diz.

Bernardes explica que em determinados locais da cidade, o aumento pode ser muito mais expressivo, ao passo que poderá mostrar estabilidade em outras regiõe.,

Influências

O economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, explica que o crédito imobiliário deverá se manter em níveis elevados, refletindo o desemprego em níveis baixos e a expectativa positiva, para o segundo semestre deste ano, quanto à criação de empregos e quanto à massa salarial.

“O Banco Central estima que a atividade econômica brasileira continuará em alta nos próximos meses”, diz Petrucci.

Falando especificamente do novo sistema de remuneração da poupança, que viabiliza a queda da taxa básica de juros, ainda não é possível perceber qualquer reflexo no mercado imobiliário, “é algo para o longo prazo”, avalia o presidente da entidade.

Na mesma linha, Petrucci diz que “ainda não sentimos o que a redução dos juros vai propiciar para o país”.

A própria redução dos juros da CEF não trará efeitos imediatos, segundo avalia Bernardes. Os dois estiveram presentes na divulgação do balanço trimestral do mercado imobiliário de 2012, nesta terça-feira (8) na sede do Secovi-SP.

Bernardes ressalta ainda o 8º Feirão Caixa da Casa Própria. Com negociação de 30.925 imóveis, o evento deverá dar sinais de como a queda dos juros vão repercutir no mercado imobiliário.