Diretor da Telexfree diz que sistema é sustentável, e pede prazo para provar
SÃO PAULO – A Telexfree divulgou, na última quarta-feira (14), um vídeo em que o seu diretor de marketing, Carlos Costa, afirma que o sistema em que a empresa opera é sustentável.
O diretor apresentou uma tabela mostrando que, apenas com a comercialização do VoIP (software de voz sobre IP, que permite a realização de chamadas telefônicas via computador), um divulgador conseguiria ganhar quase US$ 19 mil com uma rede de cinco níveis, recebendo uma "comissão" de 2% sobre cada venda de divulgadores da sua rede.
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“Essa é uma das várias formas de sustentabilidade que compõe o nosso negócio”, afirma.
Segundo ele, a apresentação divulgada entrará como uma petição no processo que corre na justiça do Acre.
“Dizem que nosso negócio só se mantém com entrada de novos divulgadores. Nesta nova proposta, vamos pedir um prazo de 90 dias só trabalhando desta forma [com a comercialização do VoIP]”, disse.
Ainda segundo Costa, vários outros documentos já foram entregues à Justiça, mas ainda não foram devidamente analisados.
“Temos detalhado o nosso estudo de viabilidade econômica. Temos todos esses pareceres que estão sendo ignorados pelo judiciário acreano. Mas não tem problema, nós não desistimos”, afirmou.
Acusação de pirâmide financeira
A Telexfree comercializa um sistema de VoIP (voz sobre IP, que permite realizar chamadas telefônicas pelo computador), mas o Ministério Público do Acre acusa a empresa de formar um esquema de pirâmide financeira.
De acordo com a acusação, o VoIP é pouco utilizado, e o mais importante é o dinheiro que circula com a entrada de novos associados. Por isso, as atividades da empresa foram suspensas e os bens, bloqueados, até que a investigação seja concluída e o processo, julgado.
Os divulgadores ganham postando anúncios na internet e com a comercialização das contas VoIP. Mas para impulsionar os rendimentos era necessário trazer mais gente para o sistema e ganhar um percentual de cada nova adesão em diversos níveis.
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