Secretário dos EUA diz que juros do Brasil são altos demais
Em visita ao Brasil, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, afirmou nesta segunda-feira (7) que a taxa básica de juros brasileira é alta demais, mas que acaba contribuindo para o recebimento de investimentos estrangeiros.
Geithner também criticou a desvalorização excessiva do câmbio em outros países emergentes --em mais um recado à China, umas das principais parceiras econômicas do Brasil, embora não tenha citado o nome do país asiático.
Ao listar os motivos pelos quais o Brasil vive “um momento de confiança justificada” na economia, o secretário norte-americano fez o comentário sobre a taxa básica de juros no país (a Selic), hoje em 11,25% ao ano. “Eles [os juros] são mais altos do que deveriam”. Nos Estados Unidos, a taxa está entre zero e 0,25% ao ano.
Geithner afirmou que, apesar disso, a taxa de juros atrai investidores e que o Brasil também se beneficia das restrições em outros países, “onde existem limitações e desequilíbrios entre o papel do Estado e o do capital privado”.
“O capital se move para onde pode. E o ambiente de vocês [brasileiros] é propício para isso.”, disse o secretário durante conversas com alunos da FGV (Fundação Getulio Vargas), em São Paulo.
Mais cedo Geithner se reuniu com empresários. Entre eles estava Frederico Curado (Embraer), André Esteves (Banco Pactual) e Roberto Civita (Grupo Abril).
Na agenda do secretário, também está prevista reunião com a presidente Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
Em março, o presidente norte-americano, Barack Obama, visitará o Brasil, e a vinda de Geithner serve de preparação para essa viagem.
Ao comentar a desvalorização artificial do câmbio em outros países emergentes, o que gerou críticas do governo do Brasil, o secretário disse esperar uma atuação conjunta com os brasileiros para reequilibrar o mercado de moedas.
“[O reequilibro do câmbio] é mais importante para países emergentes do que para nós [EUA]”, disse.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.