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"Presente dos sonhos" fica mais perto da classe C em gôndola de supermercados

Matheus Lombardi

Do UOL Economia, em São Paulo

18/03/2011 07h00

Dar de presente um passeio de balão, um jantar especial ou um dia num spa. Apostando no aumento do poder aquisitivo da população brasileira, empresas oferecem presentes diferentes. São pacotes que podem ser comprados e ofertados a alguém.

A novidade é que essas empresas agora estão mirando também a popularização das ofertas, atingindo a classe c.

Com opções que vão de R$ 49 até R$ 50 mil, a empresa “O melhor da vida” teve faturamento de R$ 5,6 milhões em 2010 e, agora, vai correr atrás desse novo consumidor em shoppings e supermercados.

“Nós percebemos que essa nova classe C tem dinheiro para gastar e quer aproveitar a vida. Por isso que o interesse pelo nosso tipo de produto tem aumentado cada vez mais. Colocaremos a partir do meio do ano nossos pacotes em gôndolas de supermercado e, também, estaremos abrindo quiosques em shoppings”, disse um dos sócios, Jorge Nahas.

Outro foco da empresa para popularizar o mercado são os sites de compras coletivas.

“Fazemos algumas promoções e acabamos atraindo um público novo para o nosso mercado. Em quatro anos, queremos estar presentes em 15 países e faturar R$ 450 milhões”, afirma Nahas.

A empresa francesa Smartbox cresceu cerca de 100% ao ano, nos últimos três anos, segundo seus próprios dados. Em 2009, o faturamento mundial foi de R$ 1 bilhão. Apesar de ainda focar os públicos A e B, a empresa também registra o crescimento nas classes mais populares.

“A gente percebe esse crescimento. Com a popularização do negócio no país iremos atrair ainda mais esse novo consumidor. Nos outros países em que atuamos, a empresa tem um foco mais popular. E isso deve acontecer no Brasil também”, declarou o diretor geral da empresa no Brasil, João Vianna.

Apostando no varejo, a empresa possui mais de mil atividades no Brasil. E a promessa é de que nos próximos anos o aumento do poder aquisitivo do brasileiro irá mudar a estratégia do setor.

“Vamos focar em preço e distribuição. Com o tempo, as pessoas irão se acostumar a dar um presente diferenciado” disse Vianna.