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Mãe e filho vendem artigos eróticos em salão de beleza e metalúrgica

Matheus Lombardi

Do UOL Economia, em São Paulo

09/05/2011 07h57

Em São Paulo, mãe e filho resolveram apostar na venda de produtos eróticos para aumentar os ganhos da família. Paulo Ricardo da Silva Moreira, 33, metalúrgico, já vende por catálogo há dois anos na empresa onde trabalha. Já vendeu até uma mulher inflável para um colega da firma.

Há dois meses convenceu a mãe a deixá-lo vender os produtos no salão de beleza que ela possui, na zona Leste de São Paulo.

"Foi difícil convencer a minha mãe. Ela não sabia como o pessoal iria reagir a isso. Mas as pessoas que frequentam o salão encaram isso numa boa. As mulheres querem saber como utilizar cada objeto. Tive que explicar para a minha mãe como tudo funciona. Foi engraçado", declarou.


Iracema Correa da Silva, 59, cabeleireira, afirma que nunca tinha visto nenhum desses "negócios" de perto e que só resolveu atender ao pedido do filho após muita insistência.

"No começo assusta um pouco, mas com o tempo a gente acostuma. As clientes sempre pedem para ver o catálogo e encomendam os produtos. Mas ainda é tudo muito engraçado. A gente acaba descobrindo cada coisa", disse a cabeleireira.

O metalúrgico e vendedor ganha cerca de R$ 600 por mês com as vendas. Ele pretende ampliar o espaço dos produtos eróticos no salão de beleza da mãe e, até mesmo, montar uma loja específica no bairro onde mora.

"As pessoas ainda têm um pouco de vergonha de entrar numa sex-shop. É por isso que aqui no salão é mais fácil vender. Porém, acredito que com o tempo as pessoas vão perder essa vergonha. Não tem nada de mais querer ser feliz", declarou.

A empresária e cliente do salão Sheila Maesta de Souza diz que quem está aproveitando a novidade do salão é o marido.

"Eu sempre compro alguma coisa. É bom para apimentar o nosso casamento e não deixar nunca a chama apagar. Ele está adorando essa novidade. Eu nunca tinha entrado numa sex-shop antes", afirmou a cliente.