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Europa quer que credores da Grécia 'deem desconto' de mais de 50%, diz fonte

Do UOL Economia, em São Paulo

26/10/2011 18h15

Os líderes da zona do euro querem que os credores privados aceitem perdas de mais de 50% em sua carteira de títulos do governo grego, disse uma fonte sênior da União Europeia (UE) nesta quarta-feira (26).

Tal "desconto" teria o objetivo de reduzir a dívida total da Grécia com o setor privado para cerca de 100 bilhões de euros, segundo a fonte.

Num esforço para se chegar a um acordo, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, estão preparados para se reunir com banqueiros do setor privado na noite desta quarta-feira para negociações cara a cara, afirmou a fonte.

"O desconto será superior a 50%, com 100 bilhões de euros (de redução) da dívida grega detida pelo setor privado", disse a fonte.

"A meta é que a dívida grega atinja 120% do PIB (Produto Interno Bruto) até 2020."

Não está claro se o setor privado, representado pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF), aceitará uma perda tão grande.

A fonte também afirmou que Sarkozy falará com o presidente chinês, Hu Jintao, em breve, para discutir a participação chinesa no fundo de resgate europeu.

União Europeia chega a acordo para recapitalizar bancos

Todos os 27 países pertencentes à União Europeia (UE) concordaram com a necessidade de recapitalizar os bancos da região, anunciou o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, após reunião de uma hora e meia entre os representantes do bloco em Bruxelas (Bélgica).

Os líderes da UE decidiram elevar as exigências de capital de máxima qualidade ("core capital") dos bancos até 9% antes de julho de 2012.

Tusk disse ainda que não pode dar uma cifra sobre o capital total que será preciso injetar nos bancos europeus já que isso dependerá do perdão da dívida grega que eles estão dispostos a aceitar.

Em comunicado, o grupo pede que esta medida não provoque um novo estrangulamento do crédito.

Segundo o acordo, os bancos têm oito meses para elevar seu capital de máxima qualidade para 9%. Durante este período, haverá limitações para a repartição de bônus à alta direção e dividendos para os acionistas.

Os bancos deverão ainda avaliar sua bolsa de dívida soberana a preços de mercado, não de emissão, poderão captar ativos nos mercados com garantias da UE e, portanto, a melhores preços, e poderão contabilizar suas emissões de bônus conversíveis como capital de máxima qualidade.

(Com informações da Reuters)