Vendas de Natal ficam abaixo do esperado por lojistas de shopping
As vendas de Natal ficaram abaixo das expectativas neste ano, segundo o presidente da Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun. Com alta de 5,5% ante o vendido no ano passado, o Natal de 2011 ficou a 1 ponto percentual de atingir o crescimento de 6,5% que havia sido estimado pelos donos de lojas de shoppings do país.
O crescimento das vendas foi divulgado hoje (26) pela Alshop. Para o cálculo das vendas, foram ouvidas 150 empresas. Juntas, elas têm cerca de 6,4 mil lojas em centros comerciais de todo país.
Segundo a pesquisa da Alshop, as vendas de perfumarias e cosméticos cresceram 18% neste Natal. As de óculos e bijuterias, 17% e as de joias e relógios, 13%. Já as vendas de brinquedos cresceram 4% e as de roupas, apenas 2%.
O baixo crescimento do setor de vestuário foi, inclusive, citado por Sahyoun como um dos responsáveis pelas vendas abaixo das expectativas. Segundo ele, a alta de quase 20% no preço do algodão encareceu as roupas e reduziu a procura de consumidores.
Sahyoun disse que o setor de eletroeletrônicos e eletrodomésticos também decepcionou. Mesmo com as medidas governamentais de incentivo à compra desses produtos, neste Natal, as vendas foram só 5% maiores do no Natal passado. “As medidas chegaram um pouco tarde”.
Contudo, o presidente da Alshop ressaltou que, mesmo abaixo do esperado, as vendas de Natal foram positivas. “O resultado ficou um pouco abaixo da expectativa, mas crescer em cima de uma base forte é positivo”, disse Sahyoun, lembrando que o Natal de 2010 havia sido de boas vendas.
As expectativas para 2012 também são boas, disse ele. Hoje, o Brasil tem 802 shoppings. No ano que vem, entre 35 e 40 novos centros de compras devem ser abertos no país.
Até 2014, está planejada a inauguração de 113 shoppings no Brasil. Com isso, o número de lojas em centros comerciais deve passar dos atuais 107 mil paga 127 mil em três anos.
“O varejo vai continuar crescendo entre 10% e 12% ao ano”, disse Sahyoun. “Mesmo com a crise internacional, o governo tem instrumentos para manter esse nível de crescimento.”
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