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Monte uma vitrine sedutora em 10 passos

Montagem com vitrines da Zara (SP), Gallo by Thian (Kuala Lumpur) e Collete (Paris) - AFP - Rahman Roslan/The New York Times - Carolina Vasone/UOL
Montagem com vitrines da Zara (SP), Gallo by Thian (Kuala Lumpur) e Collete (Paris) Imagem: AFP - Rahman Roslan/The New York Times - Carolina Vasone/UOL

Afonso Ferreira

Do UOL, em São Paulo

19/03/2012 07h00

A vitrine é o primeiro contato do consumidor com o produto nas lojas de varejo. É ela que vai convidar o cliente a entrar e despertar nele o desejo de consumo. Portanto, é um elemento de marketing que interfere diretamente nas vendas e na lucratividade de um negócio.

O UOL consultou especialistas em marketing e varejo para desvendar os segredos das vitrines e estabelecer 10 passos essenciais para montá-las. Além da criatividade, é necessário  contar uma história com manequins e objetos que estiverem disponíveis para criar uma empatia com público e reproduzir cenas de seu cotidiano.

Para Marcelo Ermini, professor de pós-graduação em comunicação no ponto de venda e trade marketing da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), uma vitrine bem trabalhada funciona como um anzol, que fisga a atenção do consumidor e o convida a entrar na loja.

Caso esteja mal organizada, o cliente pode criar uma opinião e uma imagem de valor equivocadas sobre o estabelecimento. “A primeira impressão é a que fica. Se não for atraente, ninguém vai notar a loja”, afirma.

Uma prática comum de muitas lojas é expor o máximo de produtos possíveis em suas prateleiras para mostrar sua diversidade de opções. Segundo Ermini, esta estratégia é equivocada e pode poluir o ambiente, além de confundir o consumidor. “A vitrine não é o depósito da loja”, declara.

Vitrines devem ser renovadas com frequência

A busca constante dos consumidores por novidades obriga os lojistas a estarem sempre atualizados com os produtos em exposição. Uma vitrine pode ser atraente num primeiro momento, mas depois de uma ou duas semanas ela se torna velha. Se não houver uma renovação, a loja passa despercebida pelos consumidores e torna-se uma peça integrante da paisagem local.

Na opinião de Wagner Campos, diretor da True Consultoria e especialista em varejo, uma vitrine deve ser atualizada em, no máximo, a cada 15 dias. Acima deste prazo, o risco de perder clientes é maior. “Se na sua casa aparece uma rachadura, você a percebe logo no primeiro dia. Depois de uma semana, você se acostuma, ela passa a fazer parte do ambiente e não é mais percebida. Com a vitrine é a mesma coisa, se não renovar, ninguém vai notá-la”, diz.

Para realizar esta renovação não é preciso investir muito, pode-se utilizar peças da mesma coleção, apenas alterando as cores e as combinações, assim como a posição dos manequins, os acessórios utilizados e o ambiente de fundo. Datas comemorativas e estações do ano também podem ser aproveitadas pelos lojistas para criar uma empatia maior com o público.

Manequins não podem parecer bonecos de filme de terror

O lojista deve ter um cuidado especial com a apresentação de seus manequins. Em lojas de rua, eles ficam expostos à ação do sol, além disso, há o desgaste natural do material que pode gerar rachaduras ou áreas descascadas.

Em tais condições, o manequim deve ser substituído imediatamente ou pode desviar o foco do produto. “Ele não pode parecer boneco de filme de terror ou estar quebrado, isso desvaloriza a mercadoria”, afirma Campos.

Segundo o especialista, a iluminação também pode se comunicar com o consumidor. O branco ajuda a destacar o produto, já tons puxados para o amarelo dão um ar de sofisticação ao ambiente. “O branco é melhor para lojas de rua e combatem a ação do sol. Já os tons amarelados, são melhores para lojas em shoppings ou galerias, onde há um requinte maior”, diz.