Arrecadação federal de impostos cai pelo 4º mês seguido e soma R$ 78,2 bi em setembro
O governo federal arrecadou R$ 78,215 bilhões em impostos e contribuições em setembro, uma queda de 1,08% sobre igual mês do ano passado, informou a Receita Federal nesta sexta-feira (26). Foi a quarta queda seguida na comparação com igual mês do ano anterior. No acumulado de 2012, a arrecadação chega a R$ 751,791 bilhões.
Em agosto, a arrecadação havia ficado em R$ 77,514 bilhões. Todos os valores são corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
No mês passado, foram arrecadados R$ 17,823 bilhões em Imposto de Renda, uma alta de 6,65% sobre setembro de 2011. Mas vários impostos tiveram queda na arrecadação, como o Imposto sobre Produtos Inustrializados (IPI), que somou R$ 3,674 bilhões, um recuo de 14,33% sobre igual período do ano passado.
O número de setembro veio de acordo com o esperado por especialistas consultados pela agência de notícias Reuters, cuja mediana apontou para uma arrecadação de R$ 78 bilhões no período.
Nova estimativa
A Receita projeta alta real de 1,5% da arrecadação neste ano frente a 2011 e não descarta a possibilidade de reduzir essa previsão. "A estimativa (hoje) é em torno de 1,5% de crescimento real, teremos outra revisão em 20 de novembro, e isso pode mudar", informou o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto.
A prorrogação da redução do IPI para automóveis até dezembro, anunciada na última quarta-feira, é um dos fatores que serão levados em conta na nova estimativa da arrecadação.
Superavit
A arrecadação federal tem sido negativamente influenciada pelas desonerações tributárias e pela queda na lucratividade das empresas, pesando sobre o recolhimento do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Segundo informou a Receita Federal, a menor lucratividade das empresas, a perda de receita decorrente das desonerações e o baixo nível de receitas extraordinárias levaram a uma perda de receita tributária de R$ 23,4 bilhões entre janeiro e setembro.
O baixo crescimento da arrecadação é um dos fatores que reforçam dúvidas sobre a capacidade do governo em cumprir a meta de superavit primário de 2012 de R$ 139,8 bilhões.
O economista-chefe da Planner Investimento, Eduardo Velho, avalia que o governo não conseguirá entregar a meta de primário, e que será necessário fazer os descontos dos investimentos previstos na Lei Diretrizes Orçamentárias.
(Com informações da Reuters)
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