Cruzeiro do Sul espionou técnicos do Banco Central, diz jornal
A Polícia Federal está investigando a ação de supostos espiões que teriam utilizado as dependências do Banco Cruzeiro do Sul para monitorar técnicos do Banco Central (BC), as informações são de 'O Estado de S.Paulo' e foram publicadas nesta quinta-feira (8).
Segundo a reportagem, a espionagem teria ocorrido durante o período em que a instituição foi submetida à auditoria que antecedeu o Regime Especial de Administração Temporária (Raet) e a liquidação extrajudicial.
A PF realizou buscas na sede do Cruzeiro do Sul e descobriu interceptações de e-mail e conversas telefônicas transcritas e arquivadas em computadores do próprio banco.
Ainda de acordo com o 'Estado', a espionagem revela a estratégia de ocultar informações e dados solicitados pelo Banco Central durante a inspeção. Peritos da PF estão analisando todo o conteúdo das interceptações e de cerca de 100 e-mails trocados entre funcionários do banco.
O advogado Roberto Podval, que defende o ex-presidente do banco, considerou 'um absurdo' a hipótese de espionagem.
Rombo de R$ 3 bilhões
O Cruzeiro do Sul tem um rombo de mais de R$ 3 bilhões, que pode ser ainda maior, segundo especialistas.
O Banco Central decretou a liquidação na instituição financeira no último dia 14 de setembro, depois de ter passado três meses em regime de administração especial temporária (Raet).
O ex-presidente e um dos controladores do banco Cruzeiro do Sul, Luis Octavio Indio da Costa, está preso no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, conhecido como cadeião de Pinheiros, na capital paulista. Sem nível universitário, Índio da Costa divide uma cela comum com outros presos que aguardam julgamento.
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