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TAM garantiu que demissões terminaram, segundo governo

Do UOL, em São Paulo

11/10/2013 11h37Atualizada em 11/10/2013 12h35

A empresa aérea TAM garantiu ao governo que as demissões já se encerraram e não deverão ser feitos novos cortes de funcionários em 2014, segundo nota à imprensa do Secretaria de Aviação Civil nesta sexta-feira. A empresa concluiu o processo de fusão com a chilena LAN, em 2012, criando a Latam Airlines.

"Os ajustes que tinham de ser feitos nos quadros operacional e de pessoal estão concluídos", teria afirmado o presidente da holding TAM SA, Marco Antonio Bologna, ao ministro da SAC, Moreira Franco, segundo comunicado da secretaria enviado à imprensa.

Procurada, a TAM não comentou o assunto de imediato.

A TAM, maior empresa aérea do Brasil em participação de mercado, realizou em agosto um programa demissão voluntária que teve a adesão de mais de 50% dos tripulantes envolvidos. A empresa havia anunciado, anteriormente, que cortaria "menos de mil postos de trabalho", afetando principalmente pilotos, copilotos e comissários.

A empresa havia adotado o programa formado por licença não-remunerada e desligamento voluntário de funcionários para cortar 811 postos de trabalho em meio à redução da oferta de voos no Brasil, para fazer frente ao aumento de custos.

A TAM também tem realizado cortes na oferta de voos domésticos devido ao forte aumento do dólar ante o real neste ano e aos altos custos com combustível. Também em agosto, a empresa não descartou rever sua estratégia de redução de oferta de voos ou de reajuste de tarifas caso o dólar continue subindo.

Desde janeiro de 2012, foram 1.500 cortes, calcula sindicato

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Marcelo Ceriotti, os cortes na TAM fazem parte de um movimento que começou no ano passado, devido à desaceleração econômica do país e à alta do dólar, que fez as empresas reduzirem a oferta de voos domésticos. "Não foi surpresa", disse. 

Desde janeiro de 2012, conforme o presidente da SNA, as demissões em todas as aéreas somam 1.500.

O sindicalista acredita que este deve ser o último corte entre as grandes empresas aéreas do país. "A Gol já fez no ano passado, e a Azul nos informa que não será preciso demissão".

(Com Reuters)