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Reunião entre caminhoneiros e governo termina sem acordo, diz senador

Moisés Silva/O Tempo/Estadão Conteúdo
Imagem: Moisés Silva/O Tempo/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

25/02/2015 18h34Atualizada em 25/02/2015 18h36

Não houve acordo em reunião entre transportadores e representantes de caminhoneiros, disse a jornalistas o senador Blairo Maggi (PR-MT), ao sair do encontro em Brasília.

O Ministério dos Transportes e a Secretaria-geral da Presidência da República confirmaram, por telefone, o fim da reunião mediada por representantes do governo.

Porém, um representante dos caminhoneiros disse que houve apenas "uma pausa" na reunião, e que as reivindicações foram levados pelos ministros ao Palácio do Planalto. A informação é do presidente da CNTTL/CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística da CUT), Paulo João Eustasia.

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, deve anunciar ainda nesta quarta-feira medidas propostas pelo governo ao setor, segundo o assessoria de imprensa.

Participaram do encontro de hoje os ministros Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência da República, Antonio Carlos Rodrigues, dos Transportes, e Kátia Abreu, da Agricultura. Eles levaram as reivindicações dos caminhoneiros para o Palácio do Planalto.

Os protestos entraram no oitavo dia e, nesta tarde, dez Estados brasileiros registravam dezenas de bloqueios em estradas. Além de afetar o trânsito nas rodovias, a manifestação tem prejudicado o transporte de cargas como combustíveis, alimentos e outros produtos do agronegócio para consumo no país e para exportação.

Reivindicações

Os caminhoneiros pedem a redução do preço do combustível e do pedágio, tabelamento dos fretes e que a presidente Dilma Rousseff sancione mudanças na lei permitindo mais horas de trabalho por dia para aumentar os ganhos.

O representante do Comando Nacional do Transporte, Ivan Luiz Schimidt, defende a redução imediata do preço do óleo diesel em R$ 0,50 até que seja definido um valor de frete mínimo para os caminhoneiros. O valor defendido pelo grupo, que se diz responsável pelas manifestações nas estradas federais, é R$ 0,70 por eixo de caminhão a cada quilômetro rodado.

Na véspera, Rossetto descartou qualquer redução no preço do diesel. A presidente Dilma Rousseff afirmou novamente hoje que não é possível reduzir o preço do diesel.

O aumento de R$ 0,15 por litro do diesel e de R$ 0,22 por litro da gasolina, fixado no início do ano, foi repassado ao consumidor em 1º de fevereiro.

(Com agências de notícias)