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Gasto de brasileiros no exterior cai 17% e é o menor para junho desde 2010

Do UOL, em São Paulo

22/07/2015 10h45Atualizada em 22/07/2015 14h43

Os brasileiros gastaram em viagens internacionais um total de US$ 1,649 bilhão em junho, uma queda de 17,43% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando os gastos com turismo no exterior tinham sido de US$ 1,997 bilhão. É o menor valor para o mês desde junho de 2010, quando os brasileiros gastaram lá fora US$ 1,324 bilhão. 

No primeiro semestre, essas despesas somaram US$ 9,940 bilhões, contra US$ 12,443 bilhões em igual período do ano passado.

Os números são do Banco Central (BC) e foram divulgados nesta quarta-feira (22).

O recuo dos gastos de brasileiros no exterior deve-se ao dólar mais alto, que encarece as passagens e as diárias de hotéis calculadas em moeda estrangeira. Analistas do mercado financeiro projetam que o dólar encerrará este ano cotado a R$ 3,23.

Além do dólar caro, também pesou a queda na atividade econômica no Brasil, segundo o chefe adjunto do Departamento Econômico do BC, Fernando Rocha. “A atividade econômica está fraca e a taxa de câmbio, desvalorizada”, disse.

Sem Copa, gasto de estrangeiros cai

Os viajantes estrangeiros deixaram no país US$ 445 milhões --uma queda de 43,88% em relação a junho do ano passado, quando o Brasil recebeu muitos turistas para a Copa do Mundo.

Com isso, a conta de viagens internacionais (receitas menos despesas) ficou negativa em US$ 1,203 bilhão no mês passado, praticamente estável em relação a junho de 2014, quando tinha sido negativa em US$ 1,204 bilhão.

No acumulado do primeiro semestre, essa conta com viagens está negativa em US$ 6,996 bilhões, contra US$ 8,859 bilhões vistos em igual período do ano passado, uma queda de 21%. 

Nova metodologia do BC

Em abril, o BC adotou nova metodologia internacional para medir as contas externas.

Dentro da conta de serviços, onde estão os gastos com viagens, o BC passou a apresentar novas linhas, como serviços de propriedade intelectual (antigos royalties), e telecomunicações, computação e informações, que capta despesas com software, por exemplo.

A nova nota também traz outros serviços --pesquisa, desenvolvimento, publicidade, engenharia, arquitetura, limpeza e despoluição--, e serviços culturais, pessoais e recreativos, com saída de US$ 6 milhões no mês.

(Com agências)