Dono do extinto Papa-Tudo entra para lista de procurados da Interpol
Nanna Pôssa
Da Agência Brasil
11/04/2017 11h42
O juiz Alexandre Libonati de Abreu, da 2ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, determinou que Artur Falk, dono do antigo título de capitalização Papa-Tudo, entre para lista de procurados da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal). Ele está foragido desde fevereiro deste ano por crime contra o sistema financeiro nacional.
O empresário foi condenado a cinco anos e dois meses de prisão em segunda instância pelos crimes de gestão fraudulenta e emissão de títulos sem lastro. Falk era controlador da Interunion Capitalização, empresa responsável pelo Papa-Tudo, que existiu no mercado brasileiro no anos 1990.
A estimativa do MPF (Ministério Publico Federal) é que o prejuízo causado na época foi de cerca de R$ 250 milhões, referentes a mais de 128 milhões de cartelas de Papa-Tudo --a maior parte adquirida por pessoas de baixa renda-- que não puderam ser resgatadas.
O mandado de prisão foi expedido pela Justiça em fevereiro, com base no novo entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) de que condenados em segunda instância devem começar a cumprir pena.
Desde então, Falk não foi localizado e por isso o MPF pediu que ele fosse colocado na lista vermelha da polícia internacional. A decisão de inclusão na lista da Interpol saiu na semana passada. Falk tem dupla nacionalidade.
O advogado que cuidava do caso não está mais respondendo pelo processo. A reportagem da Agência Brasil não conseguiu localizar os advogados de Falk.