Como gastar R$ 50, R$ 100 ou R$ 500 ajudando quem precisa na crise da covid
Com a epidemia do novo coronavírus e os impactos econômicos das medidas de isolamento social, muitos brasileiros estão enfrentando dificuldade para sustentar suas famílias.
Quem não foi tão atingido e deseja ajudar quem precisa durante a crise pode doar dinheiro a entidades que apoiam a população carente em diferentes partes do país. O UOL reuniu algumas opções. Veja abaixo.
Até R$ 50
50 pratos de comida para famílias carentes
A Ação da Cidadania tem como lema "R$ 1 é um prato de comida". A ONG (organização não-governamental), presente no Brasil inteiro por meio de parcerias com organizações menores, usa as doações para comprar cestas básicas e doá-las a famílias carentes. Segundo os cálculos da organização, cada R$ 1 doado garante a compra de uma refeição.
Desde março, a atenção está toda voltada a famílias impactadas pela pandemia. Até 28 de abril, as doações já haviam ajudado mais de 780 mil pessoas, de acordo com a ONG.
A instituição aceita qualquer valor, e as doações podem ser feitas de diversas maneiras, por crowdfunding ou PagSeguro, por exemplo.
Renda mínima para catadores
Como ficar em casa se sua sobrevivência depende das andanças pelas ruas? Este é o dilema de catadores de material reciclável por todo o país. Para ajudá-los a cumprir a quarentena, o movimento Pimp My Carroça criou um projeto de renda mínima para os mais de 3.000 catadores cadastrados no seu site, o Cataki.
O objetivo da campanha é arrecadar, por meio de crowdfunding, R$ 500 mil a serem distribuídos para as famílias dos catadores cadastrados na plataforma até 23 de março, para que elas tenham uma renda mínima de subsistência pelos próximos meses. O dinheiro será compartilhado assim que a meta for atingida.
Alimentar moradores de rua em São Paulo
O projeto Sefora's pretende ajudar moradores de rua ao distribuir comida diariamente no centro de São Paulo.
Segundo a organização, uma contribuição de R$ 15 financia até quatro refeições. As doações são feitas por meio de crowdfunding. O objetivo é arrecadar, mensalmente, R$ 9.100.
Até R$ 100
Ajudar famílias chefiadas por mulheres
Metade dos lares em comunidades carentes no Brasil é chefiada por mulheres, segundo o projeto Mães da Favela, da Cufa (Central Única das Favelas). A entidade diz que 47% delas são autônomas e tiveram seu trabalho diretamente impactado pelo coronavírus.
Em março, a organização lançou uma campanha para entregar, por dois meses, R$ 120 mensais para lares comandados por mulheres em comunidades carentes do país, os "vales-mãe". A Cufa sugere doações mínimas de R$ 3, R$ 60 ou R$ 90. É possível doar por cartão de crédito, boleto bancário ou Picpay. Até 28 de abril, o projeto já havia ajudado quase 54 mil famílias.
Leitos para idosos em Belo Horizonte
A agência Nexo Investimento Social, a prefeitura da capital mineira e o Conselho Municipal do Idoso de Belo Horizonte criaram um fundo para financiar leitos hospitalares exclusivamente para idosos na pandemia do novo coronavírus.
A ação emergencial calcula que serão necessários cem novos leitos de UTI (unidade de terapia intensiva), cada um com custo de R$ 1.500 por dia, e 120 leitos de enfermaria, a R$ 600 por dia, durante 120 dias. Ao todo, o gasto seria de R$ 32,4 milhões. As doações são feitas via transferência bancária diretamente para a conta do fundo na Caixa Econômica Federal.
Ajudar comunidade de pescadores em Maceió
Sururu do Capote é a maior comunidade carente de Maceió, composta em especial por pescadores e trabalhadores autônomos, muito impactados pela quarentena. A ONG Mandaver, que tem projetos de educação, qualificação profissional e geração de renda na comunidade, criou o projeto "Adote uma Família".
Há três maneiras de ajudar. Uma delas é comprando duas máscaras produzidas por costureiras da comunidade, por R$ 7. Uma vai para o comprador e outra é doada automaticamente para uma família da comunidade. A segunda maneira é doar pelo menos R$ 15 para o projeto, valor que será revertido integralmente em cestas básicas e kits de higiene. Também é possível doar a cesta completa, por R$ 120.
Até R$ 500
Transporte de crianças com câncer até o tratamento
Crianças carentes que passam por tratamento contra câncer também estão sofrendo com a pandemia. No grupo de risco, muitas são ameaçadas de contaminação no transporte público para comparecer a sessões de tratamento e consultas.
Neste mês, a Ahpas (Associação Helena Piccardi de Andrade Silva), em São Paulo, lançou um projeto para possibilitar o transporte dessas crianças ou ajudar suas famílias com produtos de higiene e alimentação.
Há quatro sugestões de doação:
- R$ 50 - kit com máscara, álcool em gel e itens de higiene pessoal;
- R$ 80 - cesta básica + kit de lanche diário durante o atendimento;
- R$ 160 - atendimento integral, com deslocamento de casa para o hospital e do hospital para casa, kit de lanche e itens de higiene;
- R$ 250 - atendimento integral, com deslocamento de casa para o hospital e do hospital para casa, kit de lanche, itens de higiene e uma cesta básica para a família.
As doações podem ser feitas pelo site da instituição.
'Adotar' uma família em Heliópolis
Em meio à pandemia, muitas famílias de Heliópolis, comunidade carente da zona sul de São Paulo, estão com dificuldade para comprar alimentos e itens básicos de higiene. A Unas, que realiza trabalho educacional com crianças na região, criou uma campanha assistencial voltada exclusivamente para esse período de coronavírus.
A entidade sugere doações mínimas de R$ 150 ou R$ 350, que compram uma cesta básica e um kit de higiene para uma família. As doações são feitas por meio de crowdfunding.
Comprar materiais essenciais para hospitais
As organizações BSocial, Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social) e Movimento Bem Maior criaram um fundo para ajudar hospitais no combate à pandemia. O objetivo é comprar materiais essenciais, como respiradores, testes rápidos, máscaras, luvas e equipamentos hospitalares para UTI.
Atualmente, há cinco instituições beneficiadas: Fiocruz, Santa Casa de São Paulo, Comunitas, Hospital Santa Marcelina e Hospital São Paulo.
A doação mínima é de R$ 20, que equivale a um teste rápido para a Fiocruz, mas também há sugestões de valores mais altos, como R$ 50 (equivale a um instrumento para entubação), R$ 100 (cem máscaras descartáveis para proteção) e R$ 500 (um aspirador de secreção). Uma cama hospitalar sai por volta de R$ 5.000, e um novo respirador, por R$ 70 mil.
As doações são feitas por boleto bancário ou cartão de crédito diretamente pelo site da BSocial.
Para doar mais de R$ 50 mil, é preciso entrar em contato pelo email atendimento@bsocial.com.br. Já são mais de 4.000 doadores e com cerca de R$ 5 milhões arrecadados. A meta é chegar a R$ 20 milhões.
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