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Celso Athayde, da Favela Holding: A maior potência da favela são as pessoas

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em São Paulo

20/08/2020 04h01

Celso Athayde, CEO da Favela Holding, é o entrevistado do podcast Mídia e Marketing, publicado nesta semana.

Na entrevista, Celso fala sobre a potência de consumo das favelas e como as marcas podem aproveitar esse mercado. Atualmente, 13,6 milhões de pessoas moram em favelas no Brasil.

Um dos fundadores da CUFA (Central Única de Favelas), o executivo vê a favela como um "espaço de potência". Este foi um dos motivos que levou Celso a criar, em 2015, a Favela Holding. Fazem parte da holding empresas como a FavelaLog, de logística, a agência de live marketing InFavela, o instituto de pesquisa DataFavela e a Digital Favela, entre outras mais de 15 empresas.

Ambev, Natura, Facebook e Uber são empresas que possuem contratos com a holding. "As pessoas são a maior potência da favela. Quem mora em favela é empreendedor natural. A face mais expressiva do morador da favela é o desejo de produzir o tempo todo", afirma Celso, ao reforçar a presença de startups no dia a dia das comunidades (no arquivo cima, a partir de 10:36).

"As grandes marcas são importantes, desde que elas saibam se comunicar com aquelas pessoas, sobretudo na abordagem inicial. Temos que evitar o "caô social", quando as empresas se dizem sociais mas apenas contratam pessoas daquele território", declara (a partir de 10:36).

Athayde também fala de outras iniciativas, como a Kondzilla, fundada pela empresário Konrad Dantas.

"O Kondzilla é a maior referência social que temos. É uma das maiores empresas sociais que esse país já teve. É gerador de riqueza e distribuição de renda. Ele é um executivo social, social em sua essência", afirma (a partir de 24:24).