'Pagamento invisível' é tendência para setor financeiro, diz CEO de fintech
Giuliana Saringer
Do UOL, em Porto Alegre
06/05/2022 10h16
Pagamento por aproximação, Pix e QR Code são algumas das formas mais novas de realizar pagamentos no Brasil, mas ainda existe espaço para inovação, e a tendência é que os meios de pagamento evoluam tanto que deixem de existir, disse Alex Hoffmann, co-CEO da PagBrasil, fintech de pagamentos digitais, durante o South Summit Brasil, evento de tecnologia e inovação que acontece até esta sexta-feira (6), em Porto Alegre.
"Estamos na pré-história dos meios de pagamento. Nossa visão é que eles vão evoluir até o momento em que desaparecerão e se tornarão o que chamamos de pagamentos invisíveis. O pagamento é um fim, não um meio. Ninguém que pagar, as pessoas só querem consumir", afirma.
Um exemplo prático de "pagamento invisível" é a cobrança de aplicativos de transporte. Ao incluir seu cartão de crédito no Uber, por exemplo, você pede a corrida e paga pelo serviço sem perceber.
"O pagamento está cada vez mais perto do usuário final", afirma Enzo Ciantelli, da Warburg Pincus, gestora de recursos norte-americana.
Hoffmann também enxerga uma oportunidade de expandir os pagamentos invisíveis por meio de serviço por assinatura de recorrência, ou seja, aquele no qual a pessoa é cobrada mensalmente, como o streaming. A ideia é expandir para produtos do dia a dia.
Outra tendência é buscar soluções de pagamentos fáceis sem internet, que possam incluir pessoas sem acesso e empresas que ainda são mais offline.