Indiano perde fortuna por fraude, e Bezos volta a ser um dos 3 mais ricos
Do UOL*, em São Paulo
26/01/2023 16h21Atualizada em 26/01/2023 16h21
Não é só no Brasil que acusações de fraude contábil, como a envolvendo as Americanas, têm mexido no mercado financeiro. O homem mais rico da Ásia, Gautam Adani, caiu do 3º para o 11º lugar na lista da Forbes de maiores bilionários do mundo.
Ele é acusado "da maior fraude da história corporativa", segundo o relatório feito pela consultoria financeira Hindenburg Research.
- A empresa do bilionário, Grupo Adani, foi acusada de manter companhias de fachada em paraísos fiscais para lavar dinheiro
- Com o relatório, Gautam Adani perdeu US$ 6,4 bilhões do dia para a noite
- O CFO do Grupo Adani rejeitou as supostas descobertas da Hindenburg Research em nota enviada à Forbes
Quem reassumiu o posto no top 3 de mais ricos foi o criador da Amazon, Jeff Bezos. Ele oscilou do 3º lugar, que tinha sido alcançado por Adani, e se estabeleceu no 2º lugar nesta quinta-feira.
- Bezos tem uma fortuna estimada em US$ 121 bilhões.
- Acima dele, o fundador da Tesla e SpaceX, Elon Musk, continua como homem mais rico do mundo
- Depois de Bezos, está Bernard Arnault, presidente e diretor-geral do grupo LVMH, maior conglomerado de marcas de luxo do mundo
Fortuna de mais rico da Ásia escalonou rapidamente
A Adani Group tem investimentos que vão de minas de carvão e usinas de energia até portos e aeroportos e já começa a investir em data centers. O grupo também anunciou pacotes bilionários em energias renováveis.
A riqueza do bilionário vem chamando atenção e recebendo ataques. Adani é apontado como um dos aliados do primeiro-ministro, Narendra Modi, desde os anos 2000. Isso teria resultado, já nos primeiros oito meses de Modi no cargo, no fato da fortuna de Adanin ter triplicado em 2014.
O patrimônio do magnata saltou de US$ 1,9 bilhão entre 13 de setembro de 2013 (com Modi primeiro-ministro), para US$ 6 bilhões em 2 de maio de 2014, segundo o Bloomberg Billionaires Index. O valor equivale a US$ 25 milhões por dia em um país onde cerca de 800 milhões de pessoas vivem com menos de US$ 2.
*Com informações de Luciana Cavalcante, colaboradora do UOL