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Ministro diz que Petrobras está 'no limite' e pode reajustar combustíveis

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD) Imagem: Antonio Molina/Folhapress

Colaboração para o UOL, em Salvador

04/08/2023 08h39Atualizada em 09/08/2023 16h39

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse, em entrevista à GloboNews hoje, que a Petrobras pode promover um reajuste nos preços dos combustíveis. Segundo ele, a estatal informou que está "no limite do preço marginal".

O que aconteceu

O ministro afirmou que a situação foi informada por representantes da Petrobras em reunião com o presidente Lula (PT).

Silveira disse que o reajuste pode ocorrer caso o preço no mercado externo oscile para cima. "Eles disseram, de forma explícita, que estavam no limite do preço marginal e que se houvesse alguma oscilação para cima a partir de agora, que eles fariam o repasse ao preço dos combustíveis e seus derivados".

Ele citou a necessidade de fazer reinvestimentos na empresa em eventual aumento dos preços internacionais. "É claro, se houver oscilação para cima, a Petrobras terá responsabilidade com esses investidores, com a empresa, com a necessidade dos seus reinvestimentos para modernizar a empresa, e os repasses serão feitos. Por isso quero tranquilizar os investidores".

Em maio, a Petrobras anunciou o fim da paridade de preços da gasolina e do diesel com o mercado internacional. Durante a entrevista, o ministro defendeu a nova política de preços. "Que foi importante mudar a política de preços, não há como não se reconhecer. Havia uma extorsão ao consumidor brasileiro, consequentemente aumentando o 'custo brasil', aumentando o preço do alimento que chega no prato de todos os brasileiros, na política de preços que não permitia a Petrobras fazer volatilidade para baixo quando o preço internacional caía".

Lucro cai 47%

A Petrobras fechou o segundo trimestre de 2023 com lucro de R$ 28,8 bilhões, queda de 47% em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo os menores preços do petróleo e dos combustíveis vendidos pela estatal.

Foi o primeiro resultado trimestral anunciado também após a mudança na política comercial da Petrobras, que deixou de seguir o conceito de paridade de importação, que estima quanto custaria para trazer os produtos ao país.

No segundo trimestre de 2023, a Petrobras vendeu sua cesta de combustíveis a um preço médio de R$ 475,28 por barril, o menor desde o terceiro trimestre de 2021, em valores corrigidos pela inflação.

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