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IPCA-15 sobe 0,21% em outubro, puxado por alta das passagens aéreas

A passagem aérea subiu 23,75% e foi o subitem que mais influenciou a alta do grupo de Transportes Imagem: Sargento Müller Marin/26.jul.2022-CECOMSAER

Do UOL, em São Paulo

26/10/2023 09h06

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado a prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,21% em outubro, divulgou hoje o IBGE. O resultado foi influenciado, principalmente, pela disparada nos preços das passagens aéreas.

O que aconteceu

O Índice desacelerou e ficou 0,14 p.p. abaixo da taxa de setembro, quando o IPCA-15 subiu 0,35%. No ano, a prévia da inflação acumula alta de 3,96% e, em 12 meses, de 5,05%. Em outubro do ano passado, a taxa foi de 0,16%. O número ficou dentro do esperado pelos especialistas — a pesquisa da Reuters com economistas estimava uma alta de 0,20% para o período.

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Segundo o IBGE, sete dos nove grupos pesquisados registraram alta. A maior variação (0,78%) foi novamente do setor de transportes. Já os grupos de alimentação e bebidas (-0,31% e -0,07 p.p.) recuaram pelo quinto mês consecutivo.

Veja variação em cada um dos grupos em outubro:

  • Alimentação: -0,31
  • Habitação: 0,26
  • Artigos de residência: 0,05
  • Vestuário: 0,33
  • Transportes: 0,78
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,28
  • Despesas pessoais: 0,31
  • Educação: 0,07
  • Comunicação: -0,29

Impacto das passagens aéreas

A passagem aérea subiu 23,75%, e foi o subitem que mais influenciou o resultado do mês, com um impacto individual de 0,16 p.p.. Ainda no grupo de Transportes, Transporte por aplicativo (5,64%) e emplacamento e licença (1,64%) também registraram alta.

Já a maioria dos combustíveis apresentou queda. Foi o caso da gasolina (-0,56%), etanol (-0,27%) e gás veicular (-0,27%), enquanto o óleo diesel (1,55%) subiu. A alta do táxi (0,31%) é resultado do reajuste de 20% em Porto Alegre (3,59%).

Alimentação segue mais barata

A queda do grupo Alimentação e bebidas (-0,31%) foi influenciada pela alimentação no domicílio (-0,52%), que desacelerou em relação a setembro (-1,25%). Alguns alimentos ficaram mais baratos: é o caso leite longa vida (-6,44%), feijão-carioca (-5,31%), ovo de galinha (-5,04%) e das carnes (-0,44%). Já o arroz (3,41%) e as frutas (0,71%) ficaram mais caros no período.

A alimentação fora do domicílio registrou alta de 0,21%, mas também desacelerou em relação ao mês anterior (0,46%). A alta da refeição (0,22%) foi menor do que em setembro (0,35%), e o lanche recuou 0,11% após uma alta de 0,74%.

O gás de botijão (1,24%) e o aluguel residencial (0,29%) também subiram. Ainda dentro do grupo de Habitação, a taxa de água e esgoto (0,27%) aumentou por conta do reajuste de 6,75% em Salvador (4,42%). Já a energia elétrica residencial registrou queda de 0,07%.

O plano de saúde ficou mais caro. Em Saúde e cuidados pessoais (0,28%), o subitem subiu 0,77%. Os itens de higiene pessoal subiram 0,05%, influenciados pelas altas do perfume (1,24%) e dos produtos para cabelo (0,45%).

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