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Greve dos funcionários do Banco Central pode afetar o Pix? Entenda

Funcionários do BC entram em greve nesta quinta-feira (11) Imagem: Marcello Casal/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

10/01/2024 19h07Atualizada em 11/01/2024 10h37

Os funcionários do Banco Central entrarão em greve nesta quinta-feira (11). O Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central) afirma que a greve vai durar 24 horas e que a paralisação pode gerar interrupções operacionais em todos os serviços do Banco Central. O Pix, no entanto, continuará funcionando normalmente.

O que aconteceu

O Sinal diz que a greve vai impactar o atendimento ao mercado e ao público. Alguns exemplos citados pelo sindicato são cancelamento de reuniões, manutenção em sistemas e atraso na divulgação de informações.

Não haverá interrupções no Pix e os brasileiros vão poder fazer suas transações normalmente. O que pode acontecer, segundo o Sinal, é que os serviços de manutenção rotineira do Pix não sejam realizados, o que não afeta o funcionamento do sistema. A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) disse que "o Banco Central, responsável pelo sistema operacional do Pix, comunicou que os sistemas de pagamento funcionarão normalmente e aqueles relacionados ao Pix não serão impactados". Procurado pelo UOL, o BC disse que não vai comentar o assunto.

O Sinal prevê atrasos ou não entrega de serviços. Também fala sobre impactos na conclusão de projetos em curso, como o Drex, que é a moeda digital do BC.

Os funcionários do BC dizem que auditores fiscais da Receita Federal e da Polícia Federal têm mais benefícios. Os servidores afirmam que a lei orçamentária de 2024 e a LDO deixaram de lado os servidores do Banco Central. Os principais pedidos dos servidores do BC são a criação de uma retribuição por produtividade institucional, reajuste nas tabelas de remunerações, exigência de nível superior para o cargo de técnico e mudança do nome do cargo de analista para auditor.

Motivos da greve

Os funcionários do BC decidiram entrar em greve por insatisfações relacionadas ao tratamento das demandas dos profissionais. Dirigentes do Sinal estimam que mais de 70% dos servidores aderirão à paralisação.

Próxima etapa da greve é a entrega de cargos comissionados. O sindicato diz que servidores de funções comissionadas estão dispostos a entregarem os cargos a partir da primeira quinzena de fevereiro caso as negociações com o governo não avancem.

Os servidores reivindicam uma discussão mais ponderada e equitativa sobre propostas de grande magnitude que afetam diretamente a instituição e sua relação com autoridades do governo e agentes do mercado. A greve, segundo o presidente do Sinal, Fábio Faiad, reforça a importância do diálogo e da equidade na condução de decisões impactantes para os servidores e a estabilidade do país.
Sinal, em nota

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