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Reserva investe R$ 3,5 mi em loja: 'Não é para ganhar dinheiro', diz CEO

Casa Reserva fica localizada no MorumbiShopping Imagem: Divulgação/ Reserva

Do UOL, em São Paulo

20/03/2024 04h00

A Reserva, empresa do grupo Arezzo&Co, inaugurou nesta terça-feira (19) uma loja conceito de 250 metros quadrados para incluir quatro marcas principais da empresa. O espaço foi batizado de Casa Reserva e o investimento foi de R$ 3,5 milhões. A meta é ter de uma a duas Casas por grandes centros no Brasil.

Apesar de o valor investido ser alto, o foco não é trazer grandes lucros, mas mostrar um posicionamento da marca. Para 2024, não há expectativa de lançamento de outras lojas deste perfil.

O que aconteceu

Localizada no piso térreo do MorumbiShopping, o foco da loja é oferecer experiência ao consumidor. O espaço reúne as quatro marcas principais da empresa: Mini (infantil), Go (calçados), Reserva (moda masculina) e Reversa (moda feminina), que até então não estava presente em nenhuma das lojas de São Paulo. Além das peças de roupa, acessórios e sapatos, a loja tem um bar, que serve drinks alcoólicos, café, água e chá-mate gelado, um clássico do Rio de Janeiro. Os visitantes também podem comer biscoito Globo, outro ícone carioca.

O plano inicial era abrir a loja em Ipanema, no Rio, mas a ideia foi descartada. Rony Meisler, cofundador da Reserva e CEO da AR&Co (nome da Reserva depois da fusão com Arezzo), afirma que precisaria fechar a primeira loja da marca, que fica localizada no bairro, para abrir a casa no Rio, o que é impensável. Por isso, a marca migrou para São Paulo.

O investimento alto era um entrave para inaugurar a loja. Apesar de a marca ser do Rio, São Paulo foi escolhida para inauguração, porque não há todas as marcas de Reserva na cidade e porque a cidade cumpria os requisitos que a empresa queria para se posicionar no mercado.

O projeto está sendo pensado há 10 anos. A localização foi escolhida pensando em fluxo de pessoas e posicionamento de marca, segundo Meisler. A operação da loja custa o dobro de uma convencional da marca. "Precisava ter muito fluxo e posicionar a marca, senão você faz um negócio desses que ninguém entra, parece um cemitério", afirma Meisler.

Não é uma loja para você ganhar dinheiro. Você abre para conseguir fazer com que todo mundo entenda o que é a marca. Mas, por outro lado, ela não pode fazer a empresa sangrar, não pode virar um estorvo financeiro.
Rony Meisler, cofundador da Reserva

Hoje a Reserva vende 10 milhões de peças por ano. A Casa Reserva abriu em 25 de janeiro e trouxe resultados positivos, segundo Meisler. O executivo diz que os resultados estão 180% acima do esperado, mas não abre números. O grupo tem 212 lojas físicas pelo país, sendo 89 no modelo de franquias.

Como é a Casa Reserva

As peças ficam expostas na loja separadas por marcas. Cada uma delas tem um "corner", que significa esquina em português.

Espaço de customização fica no centro da loja Imagem: Divulgação/ Reserva

Há um espaço em que o consumidor consegue customizar as peças que vai levar para casa. O preço da customização começa em R$ 10 para incluir apliques e chega a R$ 60 para quem quiser bordar bonés. No segundo andar do shopping, a Reserva vai inaugurar uma oficina, para fazer ajustes nas peças dos clientes, como fazer a barra de calça ou algum ajuste na cintura, tudo isso por um preço cobrado a parte.

A Casa Reserva também tem marcas "penetras". Um espaço da loja, perto do bar, é dedicado a mostrar produtos de parceiros, que conversam com o público da marca. Quando a reportagem esteve na loja, o espaço tinha relógios da Acto, diversos livros de empreendedorismo e decorativos da Assouline & Taschen, e meias estampadas da Stance.

Fusão com Arezzo

A Reserva foi comprada pela Arezzo em 2020 por R$ 715 milhões. Depois do negócio, a empresa passou a se chamar AR&Co e o nome Reserva foi mantido nas lojas físicas espalhadas pelo país.

Neste ano, a Arezzo&Co anunciou mais uma aquisição: a do grupo Soma. A possível fusão está sendo avaliada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O novo grupo de moda deve ter um faturamento combinado de R$ 12 bilhões. O negócio tem dois motivos principais, que são ganhar valor que as duas marcas perderam na pandemia e se tornar o maior conglomerado de moda do Brasil.

Receita bruta da AR&Co cresceu 26% em 2023, chegando a R$ 1,5 bilhão. Houve um aumento de 39% na base ativa de clientes da marca, de acordo com os dados do balanço divulgados neste ano.

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